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Análise: Street Fighter 6 é bom retorno para franquia de luta

Jogo da Capcom aposta em novas modalidades e partidas mais divertidas para todo tipo de jogador

30 mai 2023 - 10h11
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Street Fighter 6 é o primeiro jogo da clássica franquia de luta para os consoles de nova geração
Street Fighter 6 é o primeiro jogo da clássica franquia de luta para os consoles de nova geração
Foto: Capcom / Divulgação

Depois de seguir em uma direção mais competitiva no jogo anterior, a Capcom decidiu fazer de Street Fighter 6 um jogo mais abrangente, capaz de entreter um público maior do que somente a comunidade de jogadores profissionais, além de estar disponível em mais plataformas.

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Essa é a impressão que fica após passar alguns dias com Street Fighter 6. O game tem um leque bastante variado de conteúdo e, embora não seja perfeito, é sem dúvida, um ótimo retorno à velha forma - e com novidades o bastante para divertir tanto o recém-chegado quanto os veteranos calejados da mais tradicional série de games de luta.

O jogo traz 18 lutadores, com vários personagens bem conhecidos, como Ryu, Ken, Chun Li, Guile, Blanka e E. Honda, entre outros, além de novos rostos com seus próprios estilos de luta e movimentos especiais para dominar. Jamie tem tudo para ser um dos novos favoritos do público, com seu estilo de Kung Fu 'Drunken Master', que ganha novos movimentos a cada gole. Manon, por sua vez, é um lutador de agarrão e seu dano aumenta a cada investida bem suscedida. 

Cada personagem tem um truque desses na manga, e junto com as novas mecânicas, isso faz com que os duelos fiquem mais dinâmicos e com um ritmo divertido de jogar.

Jogadores podem optar por um sistema de controle mais simples ou pelos comandos tradicionais
Jogadores podem optar por um sistema de controle mais simples ou pelos comandos tradicionais
Foto: Street Fighter 6 / Reprodução

O Drive System é uma combinação inteligente de várias mecânicas anteriores, como ataques especiais carregados, cancels e manobras de defesa. Tudo isso agora usa a mesma barra de energia, que começa cheia e se regenera automaticamente - mas quando é esvaziada, deixa o lutador vulnerável, então é bom não exagerar no uso desses movimentos.

As partidas online certamente serão o foco de muitos jogadores, mas para quem sentiu falta de mais opções para se jogar sozinho no game anterior, é bom saber que Street Fighter 6 tem um modo arcade decente, com histórias individuais para cada personagem e até estágios bônus que remetem aos games do passado. Não é tão robusto quanto era em Street Fighter 4, mas com certeza dá para se divertir e desbloquear artes conceituais e outras recompensas. Os fãs das antigas agradecem!

World Tour

A grande novidade da vez é o modo World Tour, em que o jogador cria seu próprio personagem e explora as ruas de Metro City (cidade lá do clássico Final Fight e lar de personagens como Cody, Poison e Guy). Aparentemente, vários dos lutadores de Street Fighter moram e treinam por ali e o jogador pode se tornar aluno deles, aprender seus golpes e treinar lutando contra quase todo mundo pelas ruas.

Criar seu lutador e equipá-lo com várias roupinhas, aprender novos estilos de luta conforme cumpre tarefas e enfrenta oponentes aleatórios nas ruas de Metro City, como em um RPG de ação, é legal, admito, mas não deixa de ser só um passatempo dentro do jogo - seria mais bacana ver um modo história ao estilo do rival Mortal Kombat? Talvez. Mas também é divertido curtir a excentricidade dos desenvolvedores nipônicos, que encheram o World Tour de pequenas surpresas e situações inesperadas.

Às vezes, você só vai querer explorar a cidade em busca de tesouros, mas os membros da nova gangue Mad Gear estão por todo lado e vão caçar encrenca. Pense em um Yakuza, da Sega, mas bem mais simples tanto em mecânica quanto em narrativa e você terá uma boa ideia do que esperar do World Tour. Ainda assim, o modo tem toda uma história, que vai além de tentar fazer de Luke o protagonista de Street Fighter (não insista nisso, Capcom, sério) e rende umas 25 horas de jogo.

Street Fighter 6: O que esperar do novo game de luta:

Street Fighter 6 também busca ser um jogo mais acessível, com um modo de treino caprichado, um sistema 'moderno' de controle para quem nunca se arriscou a dominar as combinações clássicas do tempo dos fliperamas (o sistema tradicional está lá também, intocado) e um cuidado grande em apresentar esse mundo para novos jogadores.

Aqui no Brasil, o jogo conta com legendas e menus em nosso idioma. Algumas escolhas ficaram esquisitas, como o "Wins" que virou "Vitória". Assim, a mensagem "Ryu Wins", que seria "Ryu venceu", aparece como "Ryu Vitória". Sei lá, soa esquisito.

Considerações

Street Fighter 6 - Nota 9
Street Fighter 6 - Nota 9
Foto: Game On / Divulgação

Street Fighter 6 marca um retorno da série de luta da Capcom à boa forma. A produtora japonesa conseguiu entregar um jogo bastante completo, com gráficos bonitos e mecânicas que tornam a experiência competitiva, agradável e muito divertida para todos.

Seja para um pro player em busca do mais forte ou um fã casual que só quer 'gastar umas fichas' no arcade, o jogo tem alguma coisa para você, e essa é a maior vitória de Street Fighter 6.

Street Fighter 6 está disponível para PC, PlayStation 4, PlayStation 5 e Xbox Series X/S.

*Esta análise foi feita no PS5, com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela Capcom.

Fonte: Game On
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