Surfistas superam de falta de apoio a desafios pessoais para competir em alto nível: 'Está no sangue'
Israel Junior e Michel Roque brigam pelo título da última etapa do Circuito Banco do Brasil de Surfe 2025 na Praia do Futuro, em Fortaleza
Israel Junior e Michel Roque superaram desafios como a falta de apoio e dificuldades financeiras para alcançar o alto nível no surfe, e agora competem pelo título da etapa final do Circuito Banco do Brasil de Surfe 2025, incentivando jovens atletas a persistirem em seus sonhos.
Quantos 'caldos' fora do mar um surfista tem de levar para disputar competições e manter-se em alto nível? Entre superações da falta de apoio a desafios pessoais, muitos atletas agradecem por participar de eventos internacionais, como a última etapa do Circuito Banco do Brasil de Surfe de 2025, sediada na Praia do Futuro, em Fortaleza (CE).
- Está no Tiktok? O Terra Esportes chegou por lá para te manter informado de um jeito diferente e divertido. Siga nosso perfil, curta e compartilhe!
Ao Terra, os atletas Israel Junior e Michel Roque, classificados para o 'final day' da etapa, válida pelo Qualifying Series (QS) da World Surf League (WSL) deram detalhes sobre suas trajetórias pessoais e profissionais, bem como incentivaram as novas gerações a focarem na prática do surfe.
-rhr4t5944z1g.png)
Israel, por exemplo, avançou às quartas de final do torneio masculino após vencer a bateria contra nomes consolidados no ranking sul-americano do QS, como Mateus Sena e Daniel Templar. O potiguar de 28 anos, campeão brasileiro, falou sobre as dificuldades que enfrentou com a falta de apoio de patrocinadores no início da carreira.
"Na minha base, com uns 16, 17 anos, a falta de apoio me limitiva bastante a competir, a vir para eventos grandes. Mas, graças a Deus, consegui fechar um patrocínio que está comigo há mais de 20 anos e tem feito a diferença, que tem me colocado para competir em todas as vezes que eu planejo", contou.
Ele revela que, apesar de ter sofrido com a falta de patrocínio, agora colhe os frutos do apoio financeiro: "Os títulos estão aí, campeão brasileiro, sul-americano. Mas eu competi em muito campeonato amador, mesmo na dificuldade, no sacrifício, com minha mãe tirando de onde não tinha para poder ir", revelou.
Michel, por sua vez, se classificou para o 'finals day' ao vencer uma bateria contra ninguém menos que Weslley Dantas, líder do ranking sul-americano do QS. Hoje morando na Suíça com a esposa, o surfista de 41 anos relembrou o início da carreira.
"Minha vida foi sempre competindo, desde os meus 10 anos. Já tive as dificuldades de estar sem patrocínio", disse. "E, várias vezes, quando você vai para um campeonato e perde, se desanima. Muitas vezes já pensei em parar de competir, de seguir a vida. Mas o surfe está no meu sangue, a gente ama surfar, competir. Muita gente da minha geração parou bem antes, e eu 'tô aí, forte e cada vez mais motivado".
Os surfistas também deram palavras de incentivo aos jovens surfistas que, por ventura, podem estar na mesma situação em que eles se encontraram no início de suas carreiras.
"É seguir com vontade, com força, sempre estar treinando, respeitando os pais, e acho que as coisas vão acontecer naturalmente, fechando patrocínios, resultados, E aproveitar o momento", diz Israel. "Meu recado é para galera se instigar, estudar bastante, se dedicar e ter certeza do que quer na vida. Se for surfe, então se dedica mesmo, treina e as coisas vão acontecer", complementa Michel.
Os surfistas voltam a entrar em ação neste domingo, 14, na Praia do Futuro, para o último dia de competições do QS da WSL na capital cearense.
-1k254308tefl2.jpg)
-1k254308tefl2.jpg)
-rhr4t5944z1g.png)
