Fábio Carille gosta de manter a fama do corintiano sofredor
Depois de fazer 1 x 0 no Fluminense com um bom futebol, o técnico corintiano trancou o time e trouxe uma dose de suspense ao jogo
Fábio Carille já postou fotos nas redes sociais vestindo a camisa do Corinthians quando criança. E talvez venha da infância e da adolescência essa atitude masoquista de sofrer e fazer a Fiel sofrer por tabela.
Carille tinha 4 anos quando o Timão foi campeão paulista em 77, na época de maior sofrimento da torcida nos 23 anos de fila. E só aos 17 ele viu o Corinthians ser campeão brasileiro, em 90. Por isso sabe a dor e a delícia de ser um corintiano.
O bom técnico, no entanto, poderia se lembrar também do time da Democracia que jogava bonito e vencia ou do timaço montado a partir de 98, que faturou um bi brasileiro e o primeiro Mundial.
Para ser justo com Carille, ele até consegue durante um tempo fazer o time jogar de forma mais ofensiva como foi no primeiro tempo e em parte do segundo contra o Fluminense. Mas quando sai o gol o técnico entra em uma espécie de abstinência e só consegue voltar ao normal com uma dose de retranca.
Foi assim contra o Flu. Um jogo que poderia a partir do gol de Pedrinho ter um placar mais elástico acabou virando um drama, depois que Carille fechou o time com Mateus Jesus e Ramiro. Saiu o gol de empate e o Timão se segurou porque tem uma defesa sólida.
Como o Corinthians já ganhou o Paulistão, está na semifinal da Sul-Americana e a cinco pontos do líder do Brasileirão a Fiel quer mais é continuar sofrendo assim. Mas bem que o professor Carille podia aliviar um pouco a dose de sofrimento.