Entenda como o futebol pode ajudar a explicar o mundo atual
Bordões de Galvão, Januário, Milton Leite e Osmar Santos parecem ter feito sob encomenda para esses tempos estranhos
Cruel, muito cruel
Na hora do gol, Januário de Oliveira gostava de exaltar quem tinha mandado a bola pra rede. Ele foi cruel, muito cruel.
Hoje o bordão cairia como uma luva para Justus, para o véio da Havan, para o dono do Madero, para o dono do Giraffas e outros menos cotados.
Olha o que ele fez, olha o que ele fez
Assim Galvão narrou o primeiro gol de Ronaldinho Gaúcho pela Seleção Brasileira. Para infelicidade do craque aposentado, o bordão cai como uma luva para ele também nos dias de hoje em que está preso por ter usado um passaporte falsificado do Paraguai.
Animal
Osmar Santos deu para Edmundo o apelido de Animal pelo futebol insinuante e pelos gols marcantes na sua passagem pelo Palmeiras.
Hoje o bordão poderia ser usado para comentar a proposta de Guedes e de seus colaboradores de deixarem os empregados quatro meses sem salário.
Agora eu se consagro
Milton Leite adora usar o bordão quando o jogador comete um erro bizarro, principalmente se a habilidade não é o forte do cara.
Cairia muito bem para o atual presidente não é não? Ele vai pra tv e contrariando a OMS e o mundo inteiro pede que o Brasil volte à normalidade.
Todos os bordões anteriores
Pensando bem qualquer dos outros bordões caem como uma luva para a falta de sensibilidade e de capacidade do homem que deveria estar à frente do combate ao coronavírus.
Cruel, muito cruel. Olha o que ele fez, olha o que ele fez. Agora eu se consagro. Animal.
Haja coração para aguentar o que ainda vem por aí.