Major detona Allianz Parque: "quem fez, não conhece torcida"
Nem tudo é festa na inauguração oficial do novo estádio do Palmeiras. A chegada do ônibus da equipe alviverde à arena situada na zona oeste da cidade foi recheada de confusão e alterações no que estava programado pelo clube. Nervoso e fumando vários cigarros, Major Gonzaga, responsável pelo 2º Batalhão da Tropa de Choque, não poupou críticas sobre a estrutura do local para a entrada dos ônibus das delegações dos times.
“Olha, o estádio é muito bonito, maravilhoso, mas quem projetou isso aqui não conhece a torcida que tem. A gente teve que improvisar agora e a entrada do ônibus do Palmeiras vai ser pela Rua Padre Antônio Tomaz, não pela Turiassu”, disse Gonzaga entre um cigarro e outro, observando nervosamente a intensa movimentação de torcedores na Rua Turiassu.
O problema ocorreu porque a chegada da delegação palmeirense estava prevista para o portão da Rua Turiassu, onde a concentração de palmeirenses é gigante. As torcidas organizadas costumam se posicionar no local e fazem um “esquenta” antes da partida, com bandeiras, faixas, rojões, baterias e sinalizadores. Nesta quarta-feira, com a inauguração do Allianz Parque, a rua ficou ainda mais lotada.
A chegada da delegação do Palmeiras ao estádio estava prevista para pouco depois das 20h (de Brasília). No entanto, o congestionamento ao redor da arena, com ruas interditadas e fechadas por torcedores, prejudicou a equipe. A Rua Turiassu era de longe a mais lotada e impossibilitou a entrada do ônibus palmeirense pelo local.
“Como vai entrar um ônibus de um Corinthians ou um São Paulo aqui? Não dá, não tem condições”, criticou o Major Gonzaga. A solução encontrada foi deslocar ambos os veículos para a Rua Padre Antônio Tomaz, menos movimentada e onde também há acesso ao estacionamento do estádio alviverde. Com a demora, a delegação chegou ao Allianz Parque apenas após as 20h30.
Paulo Nobre evita atrito com a polícia
Presidente palmeirense, Paulo Nobre evitou entrar em atrito com a polícia. Abordado pela reportagem do Terra na zona mista após a demorada chegada do ônibus da delegação local e avisado da declaração do policiamento, o mandatário, que busca se reeleger em eleição no fim do mês, apenas disse que a polícia faz o que julga ser necessário.
“Eu vejo que quando a polícia faz uma determinação, tem motivo pra isso. Ela visa a segurança dos torcedores e dos cidadãos de uma maneira geral. Não me sinto apto a responder isso (erro no planejamento do estádio). Não sou um técnico em trânsito”, afirmou Paulo Nobre.