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Motociclismo

Brivio vê fábricas europeias "mais agressivas" e aponta erro na Honda: "Usa método antigo"

Ex-chefe de Yamaha e Suzuki, Davide Brivio apontou que as marcas como Ducati, Aprilia e KTM são mais agressivas com o desenvolvimento das motos, acelerando o ritmo de evolução dos protótipos. Na visão do dirigente, que hoje é diretor de corridas da Alpine, na Fórmula 1, a crise da Honda é resultado de um método antigo de trabalho na classe rainha do Mundial de Motovelocidade

8 jan 2023 - 09h04
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Brivio destacou que a MotoGP de hoje é muito diferente do que era há 20 anos
Brivio destacou que a MotoGP de hoje é muito diferente do que era há 20 anos
Foto: Michelin / Grande Prêmio

Ex-chefe de Yamaha e Suzuki, Davide Brivio conhece bem o que é ter sucesso com fábricas japonesas na MotoGP. Hoje diretor de corridas da Alpine na Fórmula 1, o italiano olha com distância e avalia que o crescimento das marcas europeias em um esporte que costumava ser dominado pelos construtores asiáticos é fruto de um comportamento "mais agressivo" de fábricas como Ducati, Aprilia e KTM.

Brivio comandou a Yamaha no período vitorioso de Valentino Rossi e, mais recentemente, foi o comandante da Suzuki no título de Joan Mir. Na esteira da conquista com a casa de Hamamatsu, partiu para a Fórmula 1 para uma nova aventura profissional, mas não perdeu o contato com a MotoGP e já fez algumas visitas ao paddock.

Davide Brivio trocou a MotoGP pela F1 motivado pelo desafio em uma nova estrutura na Alpine
Davide Brivio trocou a MotoGP pela F1 motivado pelo desafio em uma nova estrutura na Alpine
Foto: Alpine F1 Team / Grande Prêmio

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Falando à revista italiana Slick, Davide fez um balanço do cenário atual, marcado pelo crescimento das marcas europeias e pelo declínio das casas japonesas. Em 2022, a Ducati faturou a tríplice coroa da MotoGP, com os títulos de Pilotos, Construtores e Equipes, enquanto a Honda fechou na lanterna do Mundial de Construtores.

"Os europeus são mais agressivos na abordagem às corridas, por isso, estabeleceram uma nova forma de competir", disse Brivio. "O modelo é a Fórmula 1, mas o foco mudou, encarando as corridas com o objetivo de ter motos cada vez mais potentes, sem deixar de mover uma pedra e seguir melhorando", avaliou.

Na visão de Brivio, Honda e Yamaha ainda não assimilaram que a MotoGP mudou e que é preciso acelerar a introdução de novidades nos protótipos.

"Honda e Yamaha vão para a pista sem ter dados precisos. Não entenderam completamente que esta MotoGP não tem nada a ver com a de 20 anos atrás", falou. "Sempre houve um enfoque conservador. Antes, as evoluções eram pequenas durante a temporada, concentrando o grosso das novidades para o campeonato seguinte", ponderou Brivio.

"A Honda continua usando um método antigo: copiando o que vê ao redor e desenvolvendo vários componentes na briga para entender os resultados, mas assim eles não avançam", comentou.

Por fim, Davide defendeu que é preciso uma relação muito estreita entre o pessoal que trabalha na pista e a equipe da fábrica, o que nem sempre acontece.

"A equipe da pista deve se converter em uma parte integral do programa da MotoGP, com uma grande sinergia entre o fabricante e os que estão na pista. Devem deixar de ser dois grupos diferentes", encerrou.

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