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Lutas Olímpicas

Para driblar pressão, a solução de Sarah Menezes: “jogar todo mundo de ippon"

Maior esperança de ouro no Mundial de Judô 2013, no Rio de Janeiro, a líder do ranking dos ligeiros não pensa muito em pressão e foca em vitórias por ippon. “Aí a pressão vai embora rapidinho”, diz

21 ago 2013 - 15h08
(atualizado às 15h34)
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Sarah Menezes ao centro: judoca brasileira é a maior esperança de ouro a partir de segunda-feira (26)
Foto: Daniel Ramalho / Terra

Desde que surpreendeu o mundo do judô, no ano passado, em Londres, ao conquistar nos Jogos Olímpicos o inédito ouro para a modalidade feminina do esporte, que Sarah Menezes, passam eventos, e chegam novas competições, tem sempre que responder a mesma pergunta: como lidar com a pressão de ser, desde então, a líder do ranking mundial dos ligeiros?

Para conquistar o título do Mundial de Judô, que acontece a partir da próxima segunda-feira (26), no Rio de Janeiro, feito que seria outra conquista inédita, já que nunca uma judoca subiu ao posto mais alto do pódio, a receita da piauiense é simples, direta e reta. “É só jogar todo mundo de ippon que a pressão vai embora rapidinho”, explicou, em seu primeiro dia de treinos no Rio, na Escola de Educação Física do Exército, na Urca, zona sul.

Ao desembarcar de Teresina, onde esteve com seu treinador pessoal, Expedito Falcão, e se juntar à delegação brasileira que disputará o Mundial, Sarah chega para disputar em seu país uma medalha de ouro que está engasgada: nos mundiais de 2010 (Tóquio) e 2011 (Paris), ela caiu nas semifinais e acabou ficando com o bronze. 

“Elas estão me estudando, e eu estou estudando elas. Eu nem penso no que elas estão pensando de mim. Eu penso no meu foco, que é variar ao máximo nos meus treinos, onde as atletas pegarem (no quimono) eu ter uma defesa, e já pensar no contra-ataque. Penso mais é no que eu tenho que fazer durante a luta”, emendou, sempre focada. 

A ansiedade em resolver as lutas com o golpe perfeito que define a luta, o ippon, terá a colaboração do calendário da competição, uma vez que Sarah Menezes, ao lado do também medalhista em Londres, Felipe Kitadai, disputarão medalha logo na abertura do torneio. 

“Eu prefiro o primeiro dia, a gente já está acostumada de o peso leve ser o primeiro. A ansiedade é mais rápida, e depois você fica mais tranquila para assistir e torcer”, contou. “Se bem que no final, esse ano, vamos ter o torneio por equipes”, completou ainda sobre a competição por países no último dia do Mundial de Judô, dia 1º, no domingo. Sarah, de toda forma, não disputará medalha já que a categoria ligeiro (48kg e 60 kg) não está inclusa pelas regras, assim como o meio-pesado (78 kg e 100 kg). 

Muito suor: Sarah chegou ontem e se juntou à seleção, no Rio
Muito suor: Sarah chegou ontem e se juntou à seleção, no Rio
Foto: Daniel Ramalho / Terra

Com uma temporada vitoriosa que inclui um bronze no Grand Slam de Paris, duas pratas no Mundial Masters e Mundial Militar, e um ouro no Grand Slam de Moscou, Sarah Menezes comemora o fato também de que o Brasil chega a este Mundial de Judô com outros quatro atletas no topo do ranking (Mayra Aguiar, Victor Penalber, Maria Suelen e Rafael Silva), o que, na sua opinião, alivia as cobranças sobre o seu desempenho. 

“Ajuda, sem dúvida. Os resultados estão vindo e o ranking está bem distribuído. Todo mundo hoje nesse mundial tem chances reais de subir ao pódio. É ruim quando tem um ou dois com oportunidade apenas. Hoje as equipes masculina e feminina estão muito bem, o grupo está firme para a competição”, finalizou a judoca. 

Fonte: Terra
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