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Altos e baixos marcaram a passagem de Diniz no comando do Fluminense

Início animador, consistência no mata-mata e desastre nos pontos corridos, sintetizam o trabalho do treinador. Como herança, time no Z4 e nas quartas de final da Sul-Americana

20 ago 2019 - 08h02
(atualizado às 08h02)
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O que parecia inevitável se confirmou na manhã da última segunda-feira. O técnico Fernando Diniz não resistiu ao revés diante do CSA e acabou demitido do Fluminense. A pressão em cima do treinador aumentou bastante desde a semana passada, quando o vice geral e homem forte do futebol, Celso Barros, afirmou que não adiantava jogar bonito se as vitórias não aconteciam.

A cobrança por resultados positivos deixou claro que uma derrota no Maracanã culminaria com a saída de Fernando Diniz. O Tricolor acabou caindo para a 18ª posição, dentro da zona de rebaixamento, com apenas 12 pontos em 45 disputados, somando três vitórias, três empates e nove derrotas, aproveitamento de 26,7%.

O retrospecto negativo ligou o sinal de alerta na diretoria, tendo em vista que a campanha atual supera apenas a de 2009. Na ocasião, o Fluminense tinha 11 pontos em 15 rodadas, ocupava a 19ª colocação, com 24,4% de aproveitamento e só escapou do rebaixamento por conta de uma arrancada improvável e histórica na reta final da competição.

Fernando Diniz foi contratado no início do ano, ainda na gestão de Pedro Abad. Em 44 jogos, somou 18 vitórias, 11 empates e 15 derrotas, com o time marcando 71 gols, mas levando 48. O desequilíbrio entre defesa e ataque foi o grande problema em sua trajetória pelo Tricolor, que ficou marcada por altos e baixos, como mostra o retrospecto de Fernando Diniz comandando o Tricolor.

CARIOCA

Fernando Diniz fez o Flu jogar bonito, porém sem resultados positivos (Foto: Carl de Souza/AFP)
Fernando Diniz fez o Flu jogar bonito, porém sem resultados positivos (Foto: Carl de Souza/AFP)
Foto: Lance!

Luciano comemora gol na semifinal da Taça Guanabara (Foto: Lucas Merçon/Fluminense)

O início de Fernando Diniz à frente do Fluminense foi bem animador. Rapidamente o treinador deu um padrão tático para o time, que conseguiu fazer bons jogos. O ponto alto foi quando eliminou o Flamengo na semifinal da Taça Guanabara, quando Luciano marcou o gol da vitória por 1 a 0, no último lance da partida. No entanto, acabou sendo eliminado, tanto na Taça Rio, quanto do Carioca, na semifinal, para o próprio Rubro-Negro. Ao todo, o Fluminense disputou 15 jogos, com sete vitórias, quatro empates e quatro derrotas, fazendo 26 gols e levando 13.

COPA DO BRASIL

João Pedro marcou no último lance o gol que empatou a partida contra o Cruzeiro (Foto: Lucas Merçon/Fluminense)

Assim como no Carioca, o Fluminense iniciou a competição de forma avassaladora. Nas duas primeiras fases, goleou o River-PI e o Ypiranga-RS, por 5 a 0 e 3 a 0, respectivamente. Depois passou por Luverdense (0 a 0 fora e 2 a 0 no Maracanã). Contra o Santa Cruz, viveu o momento de maior tensão na temporada.

Após vencer no Rio de Janeiro, por 2 a 0, o Tricolor desperdiçou diversas chances e acabou sendo derrotado pelo mesmo placar, levando a decisão para os pênaltis. O time não teve tanta competência diante do Cruzeiro, já que foi eliminado nas oitavas de final em cobranças na marca da cal, após empatar os dois jogos. Entretanto, conseguiu equilibrar o confronto, mesmo tendo um elenco inferior ao da Raposa, saindo de competição de forma honrosa.

CAMPEONATO BRASILEIRO

Derrota para o CSA representou a queda de Diniz (Foto: Lucas Merçon/Fluminense)

Foi o calcanhar de Aquiles de Fernando Diniz, que não conseguiu fazer o time deslanchar na competição. Em 15 rodadas, passou quatro na zona de rebaixamento e figurou sempre na parte de baixo da tabela. A melhor posição que conseguiu alcançar foi um 13º lugar. Atualmente a equipe ocupa a 18ª posição, com apenas 12 pontos em 45 possíveis.

Mesmo dominando diversas partidas, o Tricolor conseguiu apenas três vitórias e isso se explica no saldo de gols, evidenciando o desequilíbrio entre a defesa e o ataque. O Fluminense possui o sexto melhor ataque da competição, com 19 gols marcados, no entanto, sofreu 25, segunda equipe mais vazada, ganhando apenas da Chapecoense, que levou 27 gols. Em apenas uma partida, o Tricolor não teve a rede balançada pelo adversário. Isso aconteceu no clássico diante do Flamengo, que terminou em 0 a 0.

COPA SUL-AMERICANA

Contra o Peñarol, Marcos Paulo marcou os seus primeiros gols como profissional (Foto: Lucas Merçon/Fluminense)

É a competição que deu respaldo ao treinador para que fosse mantido por mais tempo. O Fluminense eliminou com autoridade o Antofagasta, do Chile, o Atlético Nacional, da Colômbia e o Peñarol, do Uruguai, adversários tradicionais no continente, tendo diversos jogadores importantes sem estarem inscritos em algumas fases.

A campanha é irrepreensível, com quatro vitórias, um empate e uma derrota. Na quinta-feira, o Fluminense entra em campo contra o Corinthians, pelo primeiro jogo das quartas de final da Copa Sul-Americana. Ao que tudo indica, o auxiliar técnico Marcão comanda o time.

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