Brasileiros conquistam prata e bronze no halterofilismo do Parapan
17 nov2011 - 19h58
(atualizado às 23h56)
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O Brasil começou o halterofilismo nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara com um grande resultado: duas medalhas. Nesta quinta-feira, na categoria 48 kg até 56 kg, Bruno Carra e Alexandre Gouveia conquistaram prata e bronze, respectivamente, terminando atrás apenas do cubano e recordista parapan-americano Cesar Rubio.
O halterofilismo paraolímpico mistura todos os tipos de deficientes e é a única modalidade que conta com divisão por pesos. Os atletas precisam ter a habilidade para realizar um movimento válido: estender completamente os braços com menos de 20 graus de perda nos cotovelos. Os competidores ficam deitados em um banco e executam movimento definido como supino: levantam a barra com os pesos, descem-na até o peito, e a levantam novamente.
Cada atleta tem três tentativas válidas, sendo que a melhor é validada. Assim, Bruno Carra chegou a erguer 140 kg, ficando com a medalha de prata. Alexandre Gouveia foi um pouco pior e, com 132 kg, conquistou o bronze. O ouro ficou com o cubano Cesar Rubio, que quebrou o recorde parapan-americano ao levantar 151 kg.
"Desde o início do ano venho treinando pesado para essa competição e fico muito feliz com o resultado", disse Bruno Carra, satisfeito. O coordenador da Seleção Brasileira, técnico Antônio Augusto, elogiou a dupla: "nosso objetivo é superar a marca do Parapan de 2007 (cinco medalhas) e essas duas medalhas, logo no começo, impulsionam toda a equipe".
Na disputa entre atletas de 60 kg e 67,5 kg, os brasileiros ficaram no quase. Alexsander Santos levantou 170 kg e terminou com a quinta colocação, seguido de José Maria Santana, que chegou a 145 kg e ficou no sexto lugar. A medalha de ouro foi conquistada pelo colombiano Jainer Cantillo (196 kg), a prata pelo cubano Luis Perea (180 kg) e o bronze, pelo chileno Juan Carlos Garrido (165 kg).
Depois de receber os Jogos Pan-Americanos de 2011, Guadalajara agora tem sido a casa dos paratletas no Parapan. Durante esta semana, a cidade mexicana é palco para desportistas superarem as próprias limitações físicas, emocionando o público com as demonstrações de esforço, garra e amor ao esporte. Confira, a seguir, as mais belas imagens do torneio:
Foto: Bruno de Lima/Fotocom/CPB / Divulgação
Daniel Silva ajudou o Brasil a fazer duas dobradinhas nas provas de 100 m e 200 m da categoria T11 (para atletas com deficiência visual); ele só ficou atrás de Lucas Prado, ouro e recordista parapan-americano das duas provas
Foto: Bruno de Lima/Fotocom/CPB / Divulgação
Alan Fonteles perdeu as duas pernas ainda bebê, mas, com próteses, passou a disputar provas do atletismo
Foto: Bruno de Lima/Fotocom/CPB / Divulgação
Andre Brasil é um dos maiores nomes da natação paraolímpica mundial; em Guadalajara, ele já ganhou quatro medalhas de ouro
Foto: Fernando Maia/Fotocom/CPB / Divulgação
Ariosvaldo Silva é um dos destaques das provas mais rápidas da classe T53 do atletismo, para atletas que competem em cadeiras de rodas
Foto: Patricia Santos/Fotocom/CPB / Divulgação
Carlos Lopes não conteve as lágrimas ao subir no pódio dos 100 m peito SB8, para nadadores com limitações físico-motoras
Foto: Fernando Maia/Fotocom/CPB / Divulgação
Lopes venceu a disputa dos 100 m peito com o tempo de 1min21s43, superando por pouco o mexicano Luis Andrade, prata com 1min21s96
Foto: Fernando Maia/Fotocom/CPB / Divulgação
Carlos Carbinati levou uma das nove medalhas de ouro do tênis de mesa brasileiro no Parapan
Foto: Fernando Maia/Fotocom/CPB / Divulgação
Centro Aquático Scotiabank presenciou diversos exemplos de superação de atletas durante o Parapan
Foto: Cleber Mendes/Fotocom/CPB / Divulgação
Prova de perseguição do ciclismo de pista teve uma das muitas disputas entre brasileiros e argentinos em Guadalajara
Foto: Bruno de Lima/Fotocom/CPB / Divulgação
Deficiente visual, Daniel da Silva conta com a ajuda de guia para disputar as provas em Guadalajara
Foto: Bruno de Lima/Fotocom/CPB / Divulgação
Edson Pinheiro deixa o bloco para conquistar mais uma medalha para o Brasil no Parapan: ele foi ouro nos 100 m e prata nos 400 m T38 (para atletas com paralisia cerebral)
Foto: Patricia Santos/Fotocom/CPB / Divulgação
Felipe Gomes não conquistou medalhas nos 100 m T11, mas nem por isso lamentou: ele comemorou muito o resultado com o guia
Foto: Bruno de Lima/Fotocom/CPB / Divulgação
Felipe Gomes teve a forte concorrência de Lucas Prado nas provas de velocidade da classe T11
Foto: Bruno de Lima/Fotocom/CPB / Divulgação
Uma das potências no futebol de cinco, para atletas com deficiência visual, o Brasil fez bonito contra o Uruguai
Foto: Luciana Vermell/Fotocom/CPB / Divulgação
Contra os uruguaios, o camisa 10 Ricardinho conseguiu marcar dois gols na vitória por 5 a 1
Foto: Luciana Vermell/Fotocom/CPB / Divulgação
Camisa 7, Jefinho marcou os outros três do Brasil contra os rivais uruguaios
Foto: Luciana Vermell/Fotocom/CPB / Divulgação
Apenas nas categorias individuais do tênis de mesa, Brasil garantiu nove medalhas de ouro no Parapan
Foto: Getty Images
Maria Ortiz, mexicana, disputa prova do arremesso de peso; ela foi campeã da classe F57/58
Foto: Getty Images
Uma das modalidades mais curiosas do Parapan é a disputa do vôlei sentado
Foto: Getty Images
Vizinhos, Estados Unidos e México se enfrentaram no vôlei sentado masculino; os americanos venceram os anfitriões do Parapan por 3 sets a 0
Foto: Getty Images
Sheila Finder, que também disputa o salto em distância, conseguiu uma medalha para o Brasil em outra prova em Guadalajara