PUBLICIDADE

Jogos de Paris

Jogos Olímpicos: Brasil encerra com atuação importante

Em estreias, número de provas e largadas e no desempenho final em várias modalidades, o desempenho foi positivo

20 fev 2022 - 12h19
(atualizado às 12h34)
Compartilhar
Exibir comentários
Foto: Alexandre Castello Branco/COB

Nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim 2022, o objetivo do Comitê Olímpico do Brasil (COB) era evoluir em relação à última participação, em Pyeongchang, na Coreia do Sul, em 2018. O resultado agradou a entidade, que observou progresso dos brasileiros.

Em estreias, número de provas e largadas e no desempenho final em várias modalidades, o desempenho foi positivo. Para somar, no último dia da competição, um último grande resultado com o quarteto do bobsled, que ficou entre os 20 melhores do mundo e conseguiu pela primeira vez na história disputar a final.

O diretor-geral do COB, Rogério Sampaio, ficou satisfeito com a performance brasileira.

"Eu estive na China e pude ver o nível de organização da Missão Brasileira liderada pelo chefe de missão Anders Pettersson e os colaboradores do COB. Também pude ver o talento e o esforço de 11 atletas da delegação para levarem a bandeira do Brasil também aos Jogos Olímpicos de Inverno. Não quero ser injusto com o trabalho de ninguém, mas tenho que destacar a atleta de esqui cross-country Jaqueline Mourão, com suas oito participações olímpicas em Jogos de Inverno e de Verão. Como um campeão olímpico, só posso aplaudir essa atleta incrível e versátil. Meus parabéns a todos os atletas brasileiros que honraram a participação brasileira em Jogos de Inverno iniciada em Albertville 1992", disse.

Participações

Com 12 provas disputadas em Pequim, o Brasil quase dobrou o número de 2018, quando disputou sete provas na Coreia do Sul. Em comparação com Sochi, em 2014, desvantagem. Na ocasião, com um elenco maior, o time brasileiro disputou uma prova a mais.

Ao todo foram 14 largadas, superando os dois últimos jogos (7 em Pyeongchang e 13 em Sochi). Além disso, o Brasil teve duas atletas nas mesmas duas provas do esqui cross-country, um recorde, e metade das largadas foram de mulheres, feito inédito.

O Brasil estreou na modalidade de skeleton e teve representantes nas provas de esquiatlo e sprint por equipes do esqui estilo cross-country e de moguls no esqui estilo livre pela primeira vez. Manex, que disputou o esquiatlo, se tornou o primeiro brasileiro a participar de quatro provas na mesma edição de Jogos Olímpicos de Inverno. No Sprint, o brasileiro foi o melhor sul-americano da prova e, com 171.68 pontos FIS, bateu recorde de pontos do país na modalidade em Jogos Olímpicos.

Desempenho

A campanha brasileira teve, ainda, desempenhos marcantes. Sabrina Cass se tornou a melhor sul-americana da história na prova de moguls em Jogos Olímpicos com o 26º lugar, enquanto Nicole Silveira conquistou o 13º lugar no skeleton e se consolidou como a melhor latino-americana da história da modalidade em Jogos Olímpicos e a melhor colocação da história do Brasil em esporte no gelo. Além disso, foi a segunda melhor colocação brasileiro na história das Olimpíadas de Inverno, perdendo apenas para o 9º lugar de Isabel Clark no snowboard cross em Turim 2006.

"Saímos daqui com a sensação de dever cumprido. Realmente, é um investimento pro futuro. Os atletas de menos de 20 anos ainda não atingiram o seu ápice e vão estar melhor ainda em Milão-Cortina 2026. Fazer um atleta de alto nível é um trabalho de formiguinha e acredito que o COB e as Confederações de Gele e Neve estão investindo da maneira certas nos atletas que merecem", analisou Anders Pettersson, chefe da Missão Pequim 2022.

"A estrutura oferecida aos atletas e os serviços que os chineses colocaram à disposição dos envolvidos nos Jogos foram de um nível muito. E isso trouxe muitos resultados positivos para o Brasil. Podemos que dizer que a campanha em Pequim 2022 foi histórica por diversos motivos. Então, eu, como Chefe de Missão, não poderia estar mais satisfeito", completou.

Experiência e juventude

Se as estreantes brilharam, a veterana Jaqueline Mourão, de 46 anos, chamou a atenção do mundo ao se tornar a atleta mais olímpica da história do Brasil, com 8 participações em Jogos Olímpicos. Com a marca, Jaqueline supera atletas como Formiga, Robert Scheidt e Rodrigo Pessoa. Ela esteve em Atenas 2004, Pequim 2008 e Tóquio 2020 no ciclismo MTB. Já pelo esqui cross-country, esteve em Turim 2006, Vancouver 2010, Sochi 2014 (nessa também disputou o biatlo), Pyeongchang 2018 e Pequim 2020.

Entretanto, um fator relevante da campanha brasileira foi a renovação da delegação, com quatro atletas com 23 anos ou menos. Eduarda Ribera, 17 anos, Sabrina Cass e Manex Silva, de 19 anos, e Michel Macedo, de 23, são os jovens do time brasileiro, contando, ainda, com o reserva de Michel, Valentino Caputi, de 17 anos.

Esta foi a nona participação brasileira em Jogos de Inverno. Ao todo, o Brasil contou com 40 atletas diferentes nos Jogos Olímpicos de Inverno em nove modalidades: biatlo, bobsled, esqui alpino, esqui cross-country, esqui estilo livre, luge, patinação artística, skeleton e snowboard.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
Compartilhar
Publicidade
Publicidade