PUBLICIDADE

Olimpíada 2016

Um gol relâmpago e Neymar cai nas graças da torcida

17 ago 2016 - 16h04
(atualizado às 16h59)
Compartilhar
Exibir comentários

Cinco segundos menos veloz que Usain Bolt, Neymar fez um gol relâmpago na tarde desta quarta-feira (17), no Maracanã, e ajudou a levar o Brasil à final do torneio olímpico de futebol. A vitória sobre Honduras, por 6 a 0, começou a ser desenhada tão logo o time da casa deu a saída. O atacante apostou numa bola mal atrasada, se chocou com o goleiro e fez o primeiro. Havia apenas 14 segundos de jogo. No Engenhão, há três dias, o jamaicano ganhou o ouro nos 100m com 9s81.

Neymar comemora um dos gols que marcou contra Honduras
Neymar comemora um dos gols que marcou contra Honduras
Foto: Getty Images

Usain Bolt disse no início da Olimpíada que queria conhecer Neymar. Não esteve no Maracanã. Mas certamente vai ouvir falar dos comentários bem humorados de que o craque do futebol quis imitá-lo.

Após o choque, Neymar ficou quase cinco minutos caído por causa da força da queda, na qual bateu com o peito no gramado. Voltou ao time e mais uma vez não suportou as dores. Silêncio no Maracanã. Dois reservas já se aqueciam. Mas, apesar da expressão de desconforto, ele não desapontou as mais de 50 mil pessoas que lotaram o estádio.

Estavam quase todos ali para apagar da memória a eliminação da seleção feminina na véspera - superada pela Suécia. E, claro, 

na esperança de ver Neymar brilhar pela equipe. Foi assim o jogo todo, com passes, dribles e gols. Em todo instante, contou com a solidariedade irrestrita do público, principalmente quando levava alguma pancada dos adversários - o que se repetiu quase uma dezena de vezes.

A admiração pelo futebol de Neymar nunca deixou de existir.  O que muitos torcedores cobravam era a 'entrega' do número 10 atuando pela seleção. Nesta quarta, ele correspondeu. Marcaria ainda outro gol, de pênalti,  e teria participação direta em mais dois.

A empatia ficava evidente também quando ele cobrava escanteios. Pela proximidade com a torcida, muitos gritavam, pulavam, chamavam pelo seu nome. E Neymar, com os braços abertos, pedia o incentivo de todos. Era ovacionado. Foi dado um passo muito importante. Falta agora a medalha inédita, o que pode selar a paz entre o ídolo e os que ainda sofrem com uma tal goleada de 7 a 1.

Fonte: Silvio Alves Barsetti
Compartilhar
Publicidade
Publicidade