Exclusivo: Carol Portaluppi nega rótulo de sex symbol e reconhece estilo "boleirona"
Filha de Renato Gaúcho recebe reportagem do Terra em cobertura na praia de Ipanema e mostra personalidade ao falar da mãe, do ciúme do pai em relação a "namorados boleiros" e descarta rótulos
Carolina Portaluppi tem apenas 19 anos, mas bastam dez minutos de conversa para perceber a maturidade nas palavras da filha de um dos maiores ídolos do Grêmio: Renato Gaúcho. Carioca de nascença e gaúcha de coração, a gremista apaixonada recebeu o Terra na cobertura do pai na praia de Ipanema. Sincera e simples nas palavras, a modelo e agora estudante de Comunicação Social não se esquivou de perguntas, mostrou timidez quando questionada sobre os jogadores de futebol mais belos, mas nada que não pudesse ter sua opinião.
Carol, como é conhecida, foi à sessão de fotos com uma saia preta longa. Figurino bem diferente do que costumar usar nas postagens em redes sociais. A modelo, que colocou 250 ml de silicone nos seios, admite que é vista por muitos como símbolo sexual. Mas prefere se sentir uma menina em um corpo de mulher.
Ela confirmou que já recebeu convites para participar de reality shows, como o 'Big Brother Brasil' e 'A Fazenda', e que no momento não posaria nua para uma revista masculina. No entanto, ela não descarta nenhuma possibilidade. Tudo dependerá do momento que estiver vivendo.
Basta falar o nome de Renato que os olhos da morena se enchem de brilho e entusiasmo. O carinho vai muito além do afeto de uma filha com o pai. O sentimento é de admiração, idolatria e amor incondicional. A modelo mostra personalidade ao afirmar que a mãe, a ex-apresentadora de televisão Carla Cavalcanti, nunca deveria ter largado a profissão. Mas reforça que admira muito ela por ter procurado se resguardar de todos os julgamentos que recebeu, após o relacionamento com o pai e a gravidez. Na época, Renato Gaúcho era casado.
A filha do técnico do Grêmio está solteira e diz que não pretende namorar jogadores de futebol, mas afirma que o coração não está imune a uma paixão que adentre aos gramados, já que esse é o universo que faz parta da vida dela todos os dias. Nascida em berço de ouro, como ela mesmo define seu mundo, diz ter herdado do pai, de origem simples, a visão de valorizar o dinheiro ganho e sempre manter os pés no chão. Sem dar brecha para futilidades.
Confira, na íntegra, a entrevista exclusiva de Carol Portaluppi ao Terra:
Terra: por que você acha que a mídia se interessa tanto por você? Esse mundo do futebol acaba atraindo mais os holofotes que outros meios?
Carolina Portaluppi
: desde sempre foi assim, por causa do meu pai. Isso é algo que nunca vai mudar. Minhas amigas até brincam: 'você fala muito de futebol, tem um monte de conhecidos no meio'. É claro! Meu pai não é médico ou advogado, ele é um ex-jogador de futebol e técnico. Esse é o meu universo. Estou acostumada até a falar gírias do meio. Fico até me controlando para não ficar estilo "boleirona", mas esse é o meu núcleo. Tudo é ligado ao esporte e ao meu pai. Isso é muito presente na minha vida.
Terra: como você vê o fato de ter a atenção dos paparazzi sempre que vai à praia e ver seus atos se tornando cada vez mais públicos, como no caso do vídeo em que você dança funk no trote da faculdade?
Carol Portaluppi:
acho que por ser filha dele, desde sempre, estou mais preparada para isso na minha vida. Talvez atrizes e celebridades, da minha idade, que comecem a "bombar" na mídia agora, não estejam tão preparadas para lidar com essas situações, tanto positivamente, quanto negativamente. Acho que hoje em dia tenho outra postura. Talvez há três anos eu ficasse mais abalada, com mais vergonha. Mas hoje em dia eu levo na brincadeira e procuro relevar. Não tem como. É a minha vida e eu não vou deixar de viver, de ir à praia ou fazer as coisas de que gosto por causa disso. Isso sempre fez parte da minha vida.
Terra: você começou agora a faculdade de Comunicação Social. O que pretende fazer da vida profissional? Você se vê fazendo algo ligado ao esporte?
Carol Portaluppi:
ainda não sei se vou seguir o jornalismo, o cinema ou a publicidade. Não sou fechada a nada. Não tenho nenhum bloqueio. Eu gosto de fazer esportes, se surgisse a oportunidade faria tranquilamente.
Terra: atualmente aconteceu a sexta edição de 'A Fazenda'. Bárbara Evans, filha da Monique, participou e venceu o programa. Você aceitaria participar de um reality como 'A Fazenda'?
Carol Portaluppi:
eu já recebi propostas, mas não sei. Depende do momento
(relutou um pouco em confirmar). Meu Deus, eu falo ou não? Enfim.... Foi ('A Fazenda') e até do 'Big Brother'. Mas o convite do 'Big Brother' foi várias vezes, até dentro da academia as pessoas te chamam. Já recebi de vários realitys, mas é uma coisa de momento. Você tem que estar com foco naquilo. Tendo um personagem em alguma coisa que tenha a ver, para você se expor. Querendo ou não é muita exposição. Então você tem que estar aberto e preparado, porque recebe muitas críticas e muitos elogios. Mas, enfim, é um dia a dia. Se eu estiver preparada não descarto nada. Acho que a vida pode ser isso. Você não pode viver se bloqueando e fechando portas.
Terra: por que você saiu do Pânico? Na época alguns veículos de comunicação noticiaram que você havia pedido um cachê muito alto. Você declarou que estava vivendo um momento diferente e que precisava parar um pouco. O que realmente aconteceu?
Carol Portaluppi: eu saí do Pânico na época do vestibular. O que aconteceu é que eu já estava atolada com o terceiro ano, que já era muito puxado, com aula o dia inteiro e muitas provas. Aí veio o Pânico. No começo eu gravava uma matéria a cada 15 dias. E de repente, do nada, eu estava gravando três vezes por semana. Além de gravar aqui no Rio, às vezes tinha que ir a São Paulo e ao interior. Como era um programa de humor, você tem que estar bem, estar ali transmitindo uma coisa alegre e engraçada. Não pode estar ali cansada. Aí como não me escrevi no Enem, descobri que a prova da PUC seria em dois meses. Então tinha que parar e estudar, caso contrário, não conseguiria passar. Foi por isso que decidi parar com tudo: curso de inglês e outros cursos, o Pânico, trabalhos como modelo, entrevistas, enfim, tudo. E foquei somente nos estudos em casa. Não dava mais tempo nem de fazer um cursinho. Assim que eu recebi o resultado que tinha passado voltei à minha rotina normal.
Terra: você se considera um símbolo sexual? Você posaria nua para uma revista masculina?
Carol Portaluppi:
eu não gostaria de ser. Acho que é muita pressão por beleza e estética. E eu, acima de tudo, sou uma pessoa que tem defeitos, não sou perfeita. Você pode ser bonita, mas essa coisa de perfeição começa a virar loucura. Então eu não gostaria. Mas eu acho que sou um pouco para uma menina da minha idade (19 anos). Até porque não me vejo como mulher ainda. Me olho no espelho e vejo uma menina. Meu corpo ainda está se desenvolvendo. Por isso que eu não acho legal posar nua na minha idade. Acho uma forçação muito grande. Cada coisa tem o seu momento. Sei que o meu corpo já é de mulher, porque eu malho. Sei que se destaca para uma menina da minha idade. Posso até ser um símbolo, mas sou muito nova ainda. Estou começando a minha vida agora. Não me vejo como mulher sedutora e fatal.
Terra: você colocou silicone recentemente. Por que resolveu fazer a cirurgia? O assédio masculino aumentou?
Carol Portaluppi:
eu coloquei pouco silicone. Foram 250 ml, para ficar bem natural. O problema é que ele está desinchando. E o médico falou que tenho que ficar fazendo drenagem para ajudar a tirar o líquido retido. Eu cheguei e falei para ele: "olha se eu fizer mais drenagem, daqui a pouco vou ter que operar de novo. Por que eles estão voltando ao normal, o que eram antes da cirurgia" (risos). Eu gostei muito do resultado. Como malho bastante, meus seios começaram a diminuir, já que estava com pouca gordura no corpo. Com 15 anos eu tinha mais seios que antes de colocar silicone. Então eu achei que estava na hora. Até esteticamente, me olhava no espelho e achava que estava desproporcional. Eu sou alta, tenho ombros largos, minha estrutura é grande. Eles ficavam muito pequenos. Por isso coloquei um pouco, para ficar mais harmônico, mas também sutil. Não queria aquela coisa bombada. Eu já tenho glúteo grande, então não gosto de tudo grande. Queria algo para fica mais proporcional. Acho que mudou, sim, um pouco o assédio. Mas é mais curiosidade das pessoas. Talvez se eu não tivesse falado nada, ninguém repararia.
Terra: quais conselhos o Renato te deu depois que ganhou destaque? O que ele acha de você estar ganhando cada vez mais atenção nas revistas e sites?
Carol Portaluppi:
o que ele sempre me fala são coisas que já estou acostumada e as pessoas até estranham: entrar em lugar público e ir sempre para um canto. Quando estiver em restaurante sentar de costas para todo mundo, nunca de frente para um espelho. São coisas que você já acaba absorvendo naturalmente. Já entra no automático. Quando vou passear no calçadão uso boné e óculos. Não é para não ser reconhecida, é para evitar uma polêmica. Vai que eu resolvo dar um mergulho no mar, vou ficar de biquíni, entendeu... Eu evito. Em porta de festa entrar sempre no canto, não ficar na fila, bem no meio da porta do lugar esperando. São pequenos cuidados que ele me pede.
Terra: como é o Renato pai? Principalmente na educação e formação?
Carol Portaluppi:
ele me ensinou a ter força de vontade e a lutar muito. Eu nasci em berço de ouro, mas a minha família não nasceu rica. Ele veio de uma família humilde e eram 14 irmãos. Então são os pequenos detalhes que aprendi. Não posso ficar deixando comida sobrando no prato, por exemplo. Teve épocas que meu pai passou fome para que os menores pudessem comer, já que estavam se desenvolvendo. Ele tinha que usar sapato furado. Eu admiro muito ele nessa questão de valorizar as coisas. Ele começou a ganhar dinheiro com o futebol, mas sempre manteve os pés no chão. Temos muitos amigos que são ex-jogadores, que ganharam dinheiro, e hoje estão falidos, não tem mais nada, porque não souberam administrar e gastaram com besteiras. Então uma coisa que aprendi com ele é dar esse valor ao dinheiro. Não sou uma deslumbrada. Gosto de coisas legais. Sou viciada em bolsas e sapatos, mas não vou pegar R$ 50 mil e sair gastando em Prada, Louis Vuitton... Não sou desse tipo e nem concordo com isso. Tenho uma coisa ou outra. Mas ter tudo acho que vira muita futilidade. Acredito que é importante economizar. Acho muito legal isso nele, essa força de vontade de sair do nada e chegar em um lugar muito bom, ter a independência financeira e se manter.
Terra: falam muito no Renato, mas você é filha da ex-apresentadora Carla Cavalcanti, que na década de 90 era uma jornalista famosa. Após o relacionamento com o Renato e a gravidez , ela preferiu sair da mídia. Ela se preocupa com todo esse assédio que você vive hoje?
Carol Portaluppi:
ela se preocupa, sim. Ela mesmo saiu totalmente da mídia quando ficou grávida de mim. Ela largou a profissão. Coisa que sou totalmente contra e falo isso para ela. Acho que a minha mãe errou muito em deixar o trabalho dela. Na época ela tinha muitas propostas. Inclusive tinha um contrato com a Globo, quase assinado, e desistiu. Quis se esconder do mundo. Sei que a minha mãe teve um tipo de criação que sempre procurou me dar, com muitos princípios. Então ficou muito assustada com todo o assédio e com todo mundo a julgando
(quando Carla ficou grávida de Carol, Renato era casado com Maristela Bavaresco). Acho que foi uma atitude bacana dela de se resguardar. Mas depois ela não voltou à profissão. Ela ficou tão assustada, querendo ficar longe, que abandonou a carreira de apresentadora (hoje, Carla tem uma assessoria de imprensa que cuida da imagem de empresas da área de beleza e estética).
Terra: você chegava a ver vídeos da época de jogador do seu pai como galanteador? O que tem a dizer sobre esse perfil dele fora de campo?
Carol Portaluppi:
eu já vi fotos mais sensuais que ele fez na época. Até uma vez, eu vi em uma banca, ele em uma capa de revista, mas preferi nem olhar muito. Mas eu sempre soube que ele era galã. Hoje em dia todo mundo brinca: 'ah, seu pai pegou a minha mãe, a minha tia (risos)'. Mas nada que não dê para levar na brincadeira. Realmente ele era muito bonito. Se fosse hoje em dia com certeza as minhas amigas iriam cair em cima. Ele era muito bonito. Mas hoje em dia levo na brincadeira.
Terra: quem, entre os jogadores da atualidade, você apontaria como o novo Renato Gaúcho fora de campo? Já falaram que o Fred é parecido com o que ele era. Você concorda?
Carol Portaluppi:
muitos são meus amigos, então não posso falar muito. Hoje em dia tem muitos jogadores bonitos e que jogam bem. Tem vários também vindo da base, isso hoje é normal. Acho que já tem esse fetiche de mulher e jogador de futebol. Então acaba que qualquer um que seja mais bonitinho, já vira o centro das atenções. Eu tenho vários amigos que são bonitos, não só o Fred. Mas tem também o Neymar, o Elano... Tem muitos jogadores que eu acho bonito e que as mulheres acabam criando um fetiche por causa do corpo, das pernas.
Terra: em abril deste ano uma coluna de fofoca, de um jornal carioca, publicou que você tinha ficado com o Fábio Braga, jogador do Fluminense e filho do técnico Abel Braga. Na época você namorava o Carlo Meneghisso e desmentiu a traição instantaneamente. Esses boatos te incomodam muito?
Carol Portaluppi:
esse boato acabou com o meu relacionamento, que durava dois anos. E uma das causas foi até essa notícia, que não tinha nada a ver. Eu conheço o Fábio desde criança e somos amigos até hoje. O meu pai é amigo do Abel, então a gente sempre saiu para jantar e criaram uma polêmica em torno disso. Se eu tivesse ficado com ele, não teria problema nenhum em dizer, porque o Fábio é um gato. Um jogador super bonito. Mas não teve nada. Esse boato acabou com o meu namoro, eu não fiquei com ninguém e ainda sai com a fama que fiquei. Essa experiência de fofoca não foi nada legal. Foi bem chato.
Terra: o Carlo foi seu primeiro namorado? O Renato tinha ciúmes dele?
Carol Portaluppi:
tive um namorado quando tinha uns 15 anos. Com o Carlo foi um namoro mais sério. O pai não tinha ciúmes dele, mas implicava. Ele ficava com ciúmes bobo, que era cômico. Engraçado mesmo. Mas nada muito sério. Eles já se conheciam da praia e jogavam futevôlei juntos. Muitas vezes eu não estava presente e eles ficavam na praia juntos. Talvez se eles não se conhecessem, ele tivesse tido uma outra reação, mas nunca teve problema.
Terra: você sente que sofre preconceito por parte de algumas pessoas? Que tipo de críticas já fizeram e como reage a elas?
Carol Portaluppi:
eu levo numa boa. É o mundo que eu vivo. Desde nova eu gosto de malhar, fazer esportes e manter um corpo bonito. Acho que até por influência do meu pai. Eu tenho um corpão mesmo. E isso as pessoas ligam ao futebol. Aquelas mulheres gostosas com jogadores. Acho que esse tipo de preconceito tem que acabar. Eu não ligo. Isso simplesmente não me atinge. Gosto de ter um corpo bonito e de mantê-lo.
Terra: algum jogador comandado pelo Renato Gaúcho já te passou uma cantada? Você namoraria um?
Carol Portaluppi:
eu acho que eles acabam respeitando até por medo. Acaba que eu crio mais amizade do que levo para esse lado de conquista. Eles ficam cabreiros, até porque meu pai fica em cima. Ele impõe e demonstra mesmo que não quer nenhum tipo de contato. Acaba que isso cria uma barreira e um respeito. Isso até é legal. Por isso que sempre falo que vai ser difícil eu me relacionar com um jogador de futebol. Claro que não posso dizer jamais, nunca. Vai que um dia eu me apaixono por algum. Mas não é uma coisa que eu procuro ou que eu tenha isso como objetivo. Até porque é uma profissão normal, e esse é o meio que eu vivo.
Terra: como você acha que seu pai agiria se você namorasse um jogador? Ele é mesmo muito ciumento?
Carol Portaluppi:
eu acho que ele ficaria um pouco cabreiro, achando que a pessoa fosse fazer tudo que ele já fez. Exatamente por ele saber como isso funciona. Ele já viveu e conviveu com isso. Acho que ele ia se ver um pouco. Ele sabe como é o assédio. Querendo ou não, o jogador de futebol é muito assediado. Tem muita mulher em cima, correndo atrás. Ele sabe que o cara vem com essa bagagem. Às vezes o cara gosta de você, mas tem tanta coisa, tanta mulher atrás, que deixaria ele desconfiado.
Terra: a torcida do Grêmio te ovacionou quando foi assistir ao jogo da equipe na Arena. Como foi essa experiência?
Carol Portaluppi:
foi muito fofo e especial. A torcida do Grêmio realmente é diferenciada. Eles me respeitam muito, me tratam como uma princesa. É muito legal quando vou para lá. Me sinto muito querida. Eles me passam um carinho e uma energia muito boa, que dá até vontade de morar e trabalhar lá no Grêmio. Aí eu poderia receber essa energia sempre, mas não posso morar lá. Esse carinho vem de todos os torcedores, desde criancinhas até os mais velhos.
Terra: você gosta de futebol? Costuma ir com frequência ao estádio?
Carol Portaluppi:
futebol é um esporte que eu gosto. Quando eu era mais nova tentei até jogar. Com 11 anos eu entrei em uma escolinha, não era time, era escolinha de futebol mesmo. Mas foi um desastre, não gosto nem de lembrar. No meu primeiro jogo mais sério, foi todo mundo, meu pai, saiu até matéria. Eu era atacante e na minha primeira bola eu pisei nela e torci o pé. Tive que sair de maca e ir direto ao hospital. Foi bem trágico. Eu toda uniformizada. Não tinha nem suado ainda, pisei na bola e fui com tudo ao chão. Foi horrível. Fiquei um mês com o pé para cima. Depois dessa, nunca mais voltei. Fui jogar futebol nessa época, porque imaginava que todo mundo tinha que seguir a profissão dos pais. Se o pai era médico, o filho tem que seguir a profissão. Então eu fui jogar futebol. Mas não era a minha praia.
Terra: como tem visto a passagem do seu pai como treinador do Grêmio?
Carol Portaluppi:
eu acho que está sendo muito legal. Ele é uma pessoa muito motivadora. Eu consigo agora ter mais contato, pois tenho ficado mais nos bastidores. Eu sempre estou ao lado de alguma comissão técnica. Ou estou com os médicos ou com o pessoal de contratação.
E fico me metendo em tudo. Por que eu entendo de tudo (risos). Fico só dando palpite. Mas, sério, eu tenho me envolvido mais, acaba que tenho aprendido a entender melhor todo o funcionamento. Até sobre o perfil dos jogadores. Hoje em dia, quando estou almoçando e vejo um jogador na televisão, já falo: 'não, esse cara tem um perfil mais agressivo, aquele outro não'. Hoje consigo entender mais e ver lá na frente. Como eu escuto muito as coisas que o meu pai fala que vai acontecer. Eu vejo que realmente acontece. Então consigo ter outro olhar. E tenho observado que está sendo muito legal essa passagem dele pelo Grêmio. Ele está mudando tudo, não só a parte técnica, mas aquela vontade que vem de dentro de cada jogador. E isso é muito legal.