Em grande fase, ginasta brasileira relembra período de dificuldade: 'Tinha medo de encarar os árbitros'
Geovanna Santos, a Jojô, está praticamente garantida na final individual geral no Mundial que está sendo disputado no Rio
Geovanna Santos, em destaque no Mundial de ginástica rítmica no Rio, relembra desafios do passado e celebra a boa fase, com vaga quase certa na final individual geral e sonhos de competir nas Olimpíadas de 2028.
O segundo dia das qualificatórias individuais do Mundial de ginástica rítmica, nesta quinta-feira, 21, na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico do Rio de Janeiro, seguiu a tônica da estreia: brasileiras dando show no tablado e o público encantado nas arquibancadas.
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Dessa vez, Geovanna Santos e Bárbara Domingos fizeram apresentações com maças e fitas. Jojô entrou em ação com uma série dramática. Apesar das dificuldades em alguns movimentos com as maças, somou 27.600.
Na segunda performance, cerca de uma hora depois, a capixaba anotou 26.800 pontos ao apostar muito no aspecto artístico, executando até mesmo passos de samba, ao utilizar um collant com diversas referências à cultura brasileira. Uma marca já registrada da ginasta nesse Mundial é a conexão com o público, que se mantém eufórico ao longo das apresentações de Geovanna. Ao final, para retribuir o apoio, ela faz questão de saudar os torcedores pedindo ainda mais energia.
Estou feliz com o resultado. Estávamos com essa meta de sermos finalistas no individual geral", comentou ela após a apresentação. Para carimbar a vaga na decisão, contudo, Jojô terá que esperar até a última apresentação desta quinta-feira, prevista para 22h35. Para estar na final, os árbitros avaliam as notas das apresentações com arco, bola, maças e fitas, sendo a menor nota descartada. Ao todo, 18 atletas avançarão.
Apesar de sorridente, Geovanna, ao conversar com os jornalistas, relembrou um momento de dificuldade na carreira, em 2023, quando acabou não conseguindo conquistar a vaga para os Jogos de Paris em 2024.
"Eu não sabia se iria continuar na ginástica. Tive que me reinventar. Foi muito difícil. Tinha muita dificuldade de entrar dentro de quadra, de encarar os árbitros e a ginástica, de certa forma. Muitas vezes eu não queria estar ali. Pelo trauma mesmo. Mas já trabalhei, superei e ficou no passado", revelou ela, que tem 23 anos.
Agora, atravessando uma boa fase, com vaga praticamente garantida na final individual geral do Mundial pela primeira vez na carreira, o desejo para o futuro é estar na Olimpíada de Los Angeles em 2028. "O Brasil agora é uma potência na ginástica rítmica. Os Jogos de 2028 prometem, embora ainda tenha muito caminho ainda, mas a gente vive um dia de cada vez, pensando em chegar lá", resumiu.

