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Ronaldo, fenômeno de frieza no comando do Cruzeiro

Responsável pelo futebol do clube mineiro segue tendência de robotização do esporte

12 jan 2022 - 15h37
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Ronaldo Nazário, o Fenômeno, conquistou fás pelo mundo todo por sua saga dentro e fora de campo. Vice-campeão mundial em 1998, no mesmo dia em que teve uma convulsão e ainda assim disputou a final contra a França, ele sofreria duas lesões gravíssimas na sequência e foi dado como inutilizável para o futebol. Com emoção e perseverança fora do comum, ele tocou o coração de milhões que torciam pela sua recuperação e protagonizou um dos capítulos mais incríveis da história do esporte mundial.

Ronaldo dirigente x Ronaldo jogador
Ronaldo dirigente x Ronaldo jogador
Foto: Reprodução

Em 2002, no Japão, com um show à parte e contando com o talento de Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho e Roberto Carlos, ganhou a quinta Copa para a Seleção brasileira, em decisão com a Alemanha, na qual marcou os dois gols da partida. O Fenômeno, que começou a carreira na base do São Cristóvão e alcançou projeção atuando pelo Cruzeiro, encantou por vários anos até quem não gostava de futebol. Destacou-se depois no PSV Eindhoven e brilhou pelo Barcelona, Internazionale e Real Madrid.

Conquistou por três anos o prêmio da Fifa de melhor do planeta: em 1996, 1997 e 2002. Pela Seleção, fez o Brasil ver gols e jogadas espetaculares e mostrou que ainda havia futebol-arte no País.

Duas décadas depois, Ronaldo abraçou a letra fria das cartilhas que pregam a retomada dos clubes endividados. Como o todo-poderoso do futebol do Cruzeiro, optou seguir pela contramão de sua trajetória e acabou como responsável direto pela saída do goleiro Fábio, cujo objetivo era completar mil jogos pelo time. Fábio vestiu o manto cruzeirense em 976 partidas e em algumas semanas coroaria sua carreira com essa façanha obtida por apenas três brasileiros.

Rogério Ceni fez 1.237 partidas pelo São Paulo; Pelé, 1.116 no Santos; e Roberto Dinamite, 1.110 pelo Vasco. Fábio ficou pelo caminho, aos 45 minutos do segundo tempo. Ele tem 41 anos e abriu mão de uma proposta de redução salarial expressiva. Numa negociação malconduzida, em que ficou claro para a opinião pública que os novos dirigentes do futebol do Cruzeiro não queriam mais ele, restou ao número 1 se afastar. Grupos de torcedores do clube identificaram nessa operação mais do que má vontade de Ronaldo – engessado pelos números, ele teria traído sua própria história.

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