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Retrospectiva 2018: Veja os 10 fatos mais marcantes da seleção brasileira

Equipe treinada por Tite reencontrou a Alemanha, sofreu apagão na Copa contra a Bélgica e já começou o novo ciclo rumo ao Catar-2022

28 dez 2018 - 04h41
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O ano da seleção brasileira, como não poderia deixar de ser, começou cheio de expectativas. O técnico Tite era quase unanimidade e sua lista de convocados para a Copa do Mundo da Rússia quase não gerou discussão. Os problemas começaram com a lesão de Neymar a três meses do início do Mundial. Depois se agravaram com a falta de futebol em campo, o excesso de cuidados estéticos dos astros do Brasil na Rússia e culminaram com a eliminação para a Bélgica nas quartas de final. Depois da queda, Tite foi mantido no cargo, tratou de dar a faixa de capitão para Neymar e iniciou a preparação da equipe para um novo ciclo, de olho no Catar-2022.

Quatro anos depois de passar pelo maior vexame de sua história, a seleção brasileira derrotou uma Alemanha desfalcada por 1 a 0 em Berlim, em 27 de março, no último amistoso antes da convocação para a Copa do Mundo. Com gol de Gabriel Jesus, Tite deixou a partida do jeito que queria: livre do fantasma do 7 a 1.

A três meses da Copa do Mundo, Neymar lesionou o quinto metatarso do pé direito durante jogo do Paris Saint-Germain e precisou passar por cirurgia. O jogador deixou a capital francesa, se afastou do elenco do PSG e realizou tratamento em sua mansão em Mangaratiba, no Rio. Neymar voltou aos gramados 14 dias antes da estreia no Mundial. Ele entrou no segundo tempo do amistoso contra a Croácia, no Anfield Road, em Liverpool, e abriu o caminho para a vitória por 2 a 0.

Daniel Alves sofreu uma grave lesão no joelho às vésperas da Copa e foi cortado. A contusão abriu espaço para Fagner, que também sofreu um problema muscular às vésperas do Mundial, correu o risco de ficar fora, mas se recuperou a tempo. Depois, o lateral Danilo, do Manchester City, se lesionou na véspera do segundo compromisso do Brasil na Rússia.

A seleção brasileira passou pela primeira fase da Copa do Mundo com folga, apesar do susto inicial. Garantiu o primeiro lugar no Grupo E, com sete pontos, ao vencer a Sérvia por 2 a 0 nesta quarta-feira, no Spartak Stadium, em Moscou, em sua melhor atuação na competição. Venceu com um futebol convincente. Na segunda-feira, em Samara, enfrenta o México, segundo colocado do Grupo F, por vaga nas quartas de final.

O sonho do hexa se manteve firme até as oitavas de final da Copa da Rússia. Com uma boa atuação, especialmente de Neymar, o Brasil bateu o México por 2 a 0 e avançou para as quartas. O camisa 10 e Roberto Firmino garantiram a vitória no duelo disputado em Samara. A Bélgica, que bateu o Japão de virada por 3 a 2, seria o próximo adversário.

A seleção brasileira deu adeus ao sonho do hexa graças a um péssimo primeiro tempo no jogo contra a Bélgica em Kazan. A derrota por 2 a 1 pelas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia mostrou que a equipe nacional ainda tem que evoluir muito para voltar a brigar pela taça. Fernandinho (contra), e De Bruyne marcaram os gols da Bélgica. Renato Augusto diminuiu para a seleção no segundo tempo.

Se, em 2010, apesar do apelo popular, Neymar ficou de fora da lista de Dunga e, em 2014, o craque sofreu no Mundial do Brasil a mais grave contusão da sua carreira que quase lhe tirou os movimentos das pernas, a Copa da Rússia ficará marcada como aquela em que o atacante fracassou na tentativa de levar o Brasil ao título e ainda acabou como principal alvo de críticas da imprensa internacional e até de jogadores e técnicos por exagerar nas expressões de dor a cada falta sofrida. Nas redes sociais, Neymar virou motivo de chacota e, ridicularizado, gerou memes que debocham da sua performance nos gramados russos.

A eliminação nas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia não alterou a relação de Tite com a CBF. O trabalho do treinador na seleção brasileira, iniciado no segundo semestre de 2016, é bem avaliado pela nova diretoria da entidade. Os dirigentes consideram que o técnico e seus pares implementaram conceitos modernos de preparação e planejamento e que o trabalho ainda é de alto nível.

Os volantes Fernandinho e Paulinho e o atacante Gabriel Jesus deixaram a Copa do Mundo em baixa. O primeiro fez um gol contra no duelo com a Bélgica, que abriu o caminho para a eliminação. Paulinho foi contestado durante todo o Mundial e Gabriel Jesus, o centroavante da equipe, finalizou a competição sem marcar um gol sequer.

Nos amistosos depois da Copa do Mundo, o técnico Tite começou a dar oportunidades para novos jogadores vestirem a camisa da seleção brasileira. Na vitória sobre Camarões por 1 a 0, a última partida da seleção brasileira no ano, o time entrou em campo com Ederson; Danilo, Marquinhos, Pablo e Alex Sandro; Arthur, Paulinho e Allan, Willian, Neymar e Firmino. Destaque também para o atacante Richarlison, que entrou na vaga de Neymar e marcou o gol da vitória.

Estadão
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