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'Nosso objetivo final é trazer a taça para casa', afirma Pogba

Meia destaca elenco coeso e motivado e coloca a seleção francesa como favorita ao título mundial

12 jun 2018 - 05h07
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Eleito melhor jogador jovem da Copa de 2014, quando tinha apenas 21 anos, o francês Paul Pogba chega ao Mundial da Rússia mais maduro e como forte candidato ao posto de craque do torneio. Destaque de uma das mais talentosas gerações da história do futebol francês, o meia grandalhão de 1,91 metro do Manchester United deixa a humildade de lado e diz, em entrevista ao Estado, que os Azuis são favoritos ao título.

Pogba destaca principalmente o fato de a França ter uma grupo "coeso e motivado". Ele ainda faz questão de ressaltar que agora os jogadores contam com o apoio dos franceses - em 2014, por exemplo, o time chegou ao Mundial desacreditado depois da péssima campanha na Copa anterior e do desempenho irregular nas Eliminatórias. Pogba também fala sobre a relação com o Brasil e promete um corte de cabelo inovador para a Copa do Mundo.

O que o torcedor pode esperar do desempenho da seleção francesa na Rússia?

Temos um grupo coeso, motivado, com jogadores habituados a atuar em grandes times e também contra grandes clubes. Estamos muito motivados e nos sentimos apoiados pelos franceses. Não gosto de ficar falando antes de conseguir os resultados, mas esperamos poder chegar longe e nosso objetivo final é trazer a taça para casa.

Você concorda com a avaliação de que a seleção francesa é a favorita a liderar o Grupo C?

Cada partida tem de ser encarada com a mesma seriedade, concentração e dedicação. Temos de entrar em campo para ganhar, independentemente do adversário, sem pensar que um jogo pode ser mais fácil ou mais difícil do que o outro. Estamos em uma Copa do Mundo e todos os atletas, de todas as equipes, estarão dando o sangue em cada partida. Então, como vocês dizem no Brasil, não tem nada de mimimi.

Qual é a sua expectativa para os jogos contra Austrália, Peru e Dinamarca?

Cada time tem seu estilo claro, mas, acima de tudo, acredito que será um verdadeiro duelo, não só de estilo. Cada jogo em um Mundial é matar ou morrer, não tem essa de 'ainda temos uma longa temporada pela frente'. Entramos em campo como entramos em uma batalha. Pavel Nedved (ex-jogador checo) diz: 'se você acaba um jogo e ainda consegue ficar de pé no vestiário para se trocar, você não deu tudo de si'. Por isso, espero ver todo o nosso time sentado no vestiário depois de cada jogo.

O que você acha que os jogadores franceses devem fazer para serem mais competitivos internacionalmente?

Acho que os jogadores franceses são competitivos. Muitos de nossa equipe jogam no exterior e têm experiência internacional. Os que jogam na Franca atuam em torneios internacionais importantes como a Liga dos Campeões e a Liga Europa. Claro que podemos sempre melhorar, mas, há dois anos, fomos finalistas da Eurocopa, um torneio bastante internacional. É claro que queríamos ter conquistado o título e acredito que evoluímos desde então. Futebol não tem passado e, por isso, olhamos para o futuro, mas acredito que nosso grupo tem um nível internacional importante.

Quais times são favoritos a ganhar a Copa? Qual é a sua opinião sobre a seleção brasileira?

Há times muito bons, consolidados historicamente, com grandes jogadores. O Brasil tem ótimos jogadores e grande história, sem dúvida, mas a minha seleção favorita é a França. Não, não vou dar o favoritismo aos outros. Os primeiros a acreditar em nós têm de ser nós mesmos.

Quem será o melhor jogador da Copa?

Há muitos jogadores de grande talento no Mundial e, como acontece com frequência nesse tipo de torneio, talentos ainda desconhecidos podem despontar. Na minha opinião, a seleção francesa tem jogadores muito bons e claro que meu primeiro pensamento vai para nossa equipe.

Alguma seleção pode surpreender e apresentar alguma inovação tática ou técnica na Copa?

Cada treinador fará sua formação com a intenção de superar os adversários. Estaremos prontos se aparecerem novidades técnicas ou táticas e estamos preparando nossas pequenas surpresas também.

Você tem boas recordações do Brasil, onde foi eleito o melhor jogador jovem da Copa de 2014? Pretende voltar ao país a lazer?

Tenho ótimas recordações do Brasil e do Mundial no Brasil. As pessoas, o clima, a comida, e, acima de tudo, as emoções no torneio. Conheci o guaraná no Brasil e sempre tenho em casa. Foi muito difícil encontrar aquela latinha verde em Manchester, mas até de aniversario já me deram uma caixa de guaraná. Recentemente, o Ronaldinho Gaúcho me convidou para ir ao Brasil gravar o programa Pogba Mondial, Pogseries. Agora, ele vai ter de me receber. Sei dizer algumas palavras em português e entendo quase tudo. Acho que, se eu voltasse ao Brasil, conseguiria me virar e encontrar um campo pra bater bola.

Você ganhou fama pelos cortes de cabelo extravagantes. Está preparando algo especial para a Copa do Mundo?

Tenho uma ideia básica sim, mas logo vocês vão ver. Será algo totalmente inesperado.

Os seus irmãos Florentin e Mathias também são jogadores. Vocês conversam sobre futebol? Quais são os assuntos?

Eu me dou muito bem com meus irmãos. Eles são mais velhos e comecei a jogar por causa deles. Eu era o pequeno e, para pegar a bola deles, tinha de me virar, isso me ajudou a crescer. Minha casa vive futebol, meu pai era treinador. Falamos muito de técnica, tática, revemos nossas jogadas e de outros jogadores e comentamos, o assunto não acaba nunca. Não sei como minha mãe aguenta. Quase todos os nossos amigos ou são jogadores ou já foram. Vivemos futebol o tempo todo.

Estadão
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