De clube do rei a dispensa de Neymar: como Al-Hilal virou potência e sonha com título mundial
Rival do Fluminense na Copa do Mundo de Clubes é o de maior sucesso da Arábia Saudita
O Al-Hilal surpreendeu o mundo ao derrotar o Manchester City, da Inglaterra, pelas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes. Porém, o clube da Arábia Saudita sonha grande e não quer parar no triunfo inesperado. Nesta sexta-feira, a equipe quer continuar fazendo história. Para isso, vai precisar passar pelo Fluminense.
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O clube deve a sua existência a Abdul Rahman bin Saeed, o seu primeiro presidente, que fundou o Clube Olímpico em 1957, antes de o rei Saud bin Abdulaziz decidir mudar o nome para Al-Hilal, em 1958.
Clube do rei, o Ai-Hilal rapidamente se tornou uma potência na região. O primeiro grande título foi a Taça do Rei em 1961. O clube também conquistou o título da Saudi Pro League na temporada inaugural de 1976 e não parou de empilhar troféus, garantindo um recorde de 18 títulos da liga sem nunca ter sido rebaixado.
Na temporada de 1978/79, o Al-Hilal venceu o campeonato nacional sob o comando de Zagallo, que, na época, já era tricampeão mundial com a Seleção Brasileira, duas como jogador e uma como técnico.
Ao longo da década de 1980, o time continuou a dominar o futebol saudita, conquistando três títulos da liga e quatro Copas do Rei. Nos anos de 1990, eles conquistaram seu primeiro título do Campeonato Asiático de Clubes (agora Liga dos Campeões da AFC) em 1991 e 2000 e erguendo a Taça dos Vencedores das Copas da Ásia em 1997.
O sucesso a nível continental continuou no novo milênio, vencendo novamente a Taça dos Vencedores das Taças da Ásia em 2002, somando-se aos dois títulos da SuperTaça Asiática. Depois de um jejum de títulos, em 2019, o AI-Hilal voltaria a vencer novamente a AFC.
Decepção com Neymar
Há dois anos, o Al-Hilal caiu no gosto do torcedor brasileiro por causa da contratação de Neymar. A equipe de Riad pagou 90 milhões de euros (cerca de R$ 559,9 milhões, na cotação atual) para tirá-lo do Paris Saint-Germain. A camisa 10 do clube saudita com o nome do craque brasileiro passou a ser utilizada por muitos fãs do atacante nas ruas do Brasil.
Além do valor da transferência, o Al Hilal pagava a quantia anual de 100 milhões de euros (R$ 622,1 milhões) ao jogador, segundo informou a ESPN em agosto de 2024. O montante equivalia a aproximadamente 8,3 milhões de euros (R$ 51,6 milhões) por mês.
Porém, ao longo de 18 meses, Neymar jogoufc apenas sete partidas, fez um gol e deu duas assistências. Ele passou um longo tempo no departamento médico por causa de uma lesão no joelho. Após se recuperar e ter receber poucas oportunidades com o treinador Jorge Jesus, ele chegou a um acordo de rescisão no começo deste ano e retornou ao Santos.
Ídolos
Não é Neymar. O maior ídolo do clube é Youssef Al-Thunayan. Carinhosamente chamado pelo apelido de "O Filósofo", Al-Thunayan passou toda a carreira no Al-Hilal, ajudando o clube a conquistar 24 troféus, incluindo sete títulos da Liga Saudita e dois Campeonatos Asiáticos de Clubes.
Quem também é considerado ídolo do clube é Sami Al-Jaber. Ele é o maior artilheiro da história do clube (214 gols) e o jogador com mais jogos (448). Ele iniciou sua carreira profissional no Al-Hilal em 1989 e se aposentou em 2007.
O Al-Hilal disputou três das últimas cinco edições da Copa do Mundo de Clubes da Fifa em seu formato anterior. O melhor resultado ocorreu em 2022, ano em que o clube chegou à final e perdeu para o gigante europeu Real Madrid por 5 a 3.
No Super Mundial, o Al-Hilal eliminou um dos grandes favoritos ao título e, agora, tentará chegar à semifinal. Pela frente, terá o Fluminense na sexta-feira, 3, às 16h.