Mesmo apagado, Neymar arranca empate com o Braga e garante liderança
Mesmo apagado e longe da magia apresentada na última quarta-feira, na Vila Belmiro, Neymar foi decisivo para o Peixe neste domingo e arrancou empate contra o Bragantino por 2 a 2, pela quarta rodada do Estadual. No último minuto, a Joia marcou de pênalti. Antes, Cícero balançou as redes. Pelo Braga, os tentos foram marcados por Raphael Andrade e Diego Macedo.
Com o resultado, o atacante da camisa 11 garante a primeira colocação do Santos neste Paulistão de Chevrolet, ao lado de Mogi Mirim e Ponte Preta, que também têm sete pontos conquistados.
Ao longo da partida, com tarjas pretas em seus respectivos uniformes, os jogadores de ambas as equipes prestaram homenagem às vítimas da tragédia que matou mais de 200 pessoas no Rio Grande do Sul, em boate em Santa María.
A equipe santista volta a entrar no gramado nesta quarta-feira, às 19h30, no confronto diante do Ituano, no Estádio Novelli Júnior, em Itu, pela quarta rodada do Estadual. Já o Bragantino enfrenta o Guarani, na próxima quinta-feira, às 19h30, no Brinco de Ouro.
Sonolento, preguiçoso e atrás no placar
Assim como a noite de um pleno domingo, digno das últimas horas de um final de semana, o Santos entrou no gramado do estádio Nabi Abi Chedid num ritmo sonolento, sem vontade. O marasmo, no entanto, enchia o Bragantino de confiança. Prova disso é que apenas em três minutos, a equipe do interior carimbou o travessão do Peixe com Léo Jaime. O recado estava dado.
O Santos, sem força no ataque por conta da má atuação de Montillo e André, não entendia o ritmo da partida e contava apenas com os lampejos do atacante Neymar. Nos primeiros 30 minutos, apenas um lance perigoso, com direito a boa jogada do atacante da camisa 11 e gol desperdiçado pelo "parça da camisa 9".
A intenção do técnico Muricy Ramalho em deixar o volante Renê Júnior como espécie de terceiro zagueiro não surtia efeito, já que a equipe do interior, com um jogador a mais no meio de campo, controlava as ações e dava pouco espaço para a criação de Montillo, Cícero & Cia.
Fruto de esperança, Neymar, com marcação ainda mais acirrada, caiu de rendimento e pouco produzia. Com isso, o Peixe também sumiu. Ótimo para o Braga, que, cheio de vontade, quase abriu o marcador aos 22, após nova bola no travessão. O gol não demoraria a sair. Cinco minutos depois, Raphael Andrade, de cabeça, após escanteio, abriu o placar.
Precisando se aventurar para virar a partida, o Peixe se lançou ao ataque, mas de forma descordenada e sem brilhantismo. O Bragantino, por sua vez, aproveitava as brechas. Aos 33, em rápido contraataque, perdeu gol feito com o atacante Léo Jaime, após linda jogada do lateral Diego Macedo.
Nos últimos minutos da primeira etapa, Neymar, apostando na individualidade, tentou ameaçar, mas sofria com as incessantes faltas dos marcadores. Ele, consequentemente a equipe santista, voltou a assustar só aos 44, após boa cobrança de falta. Nada, no entanto, capaz de reverter o placar.
Gol no fim e empate suado
Para os 45 minutos finais, a ideia proposta era de um "novo Santos", despertado, revigorado... Logo nos primeiros minutos, contando com Montillo e Cícero, a ideia surtiu efeito. Dispostos a ajudar Neymar na criação de jogadas, eles entraram em ação logo no início.
Aos seis, o meia argentino saiu costurando pelo meio de campo, passou por três marcadores e serviu Cícero, que avançou pela esquerda e chutou firme para empatar o placar. Era a faísca necessária para incediar toda a equipe.
A chama, no entanto, tinha prazo de validade. Após o tento, o Peixe voltou a se perder em campo e não conseguiu mais criar jogadas. Neymar, muito bem marcado, desapareceu. Cícero e Montillo, também não conseguiam produzir. O roteiro retornou à primeira etapa. Ou seja, mais bola nas redes do Bragantino.
Novamente apostando no contraataque e com um golaço, a equipe de Bragança Paulista chegou ao segundo gol, no melhor estilo Neymar. Pela direita, Diego Macedo saiu costurando, limpou três marcadores e soltou bomba no gol.
Após o segundo tento, o Peixe não conseguiu se encontrar mais no gramado e ficava à mercê novamente das individualidades de Neymar, que parava em forte marcação e muitas faltas - 13, no total. Assim como no primeiro tempo, ele voltou a assustar só nos últimos minutos, em boa cobrança de falta. No entanto, ao contrário, dos primeiros 45 minutos, o Peixe contava com Miralles.
Dos pés do jogador, a equipe alvinegra "achou" pênalti no último minuto, convertido pelo atacante Neymar, com tranquilidade.
