PUBLICIDADE

Julgamento para definir possível liberação de Daniel Alves pode ser adiado

Funcionários do presídio onde o ex-jogador está detido realizam protesto e o acesso ao prédio Brian 2, em Barcelona, está bloqueado

18 mar 2024 - 13h57
(atualizado às 16h09)
Compartilhar
Exibir comentários
Foto: Jordi Borras/Pool/AFP via Getty Images - Legenda: Daniel Alves observa análise dos juízes durante o julgamento de sua acusação de estupro / Jogada10

O julgamento que definiria a possível liberação de Daniel Alves, nesta terça-feira (19), pode ser adiado. Isso porque funcionários do presídio onde o ex-jogador está preso realizam protesto. Com isso há um bloqueio no acesso ao prédio Brian 2, em Barcelona, local de detenção do brasileiro.

Com as manifestações dos profissionais, há obstruções nas vias próximas. Assim não há uma quantidade mínima de funcionários para permitir o funcionamento normal, especialmente a realização de videoconferências, deslocamento de presos para audiência. Assim como a visita de advogados. 

Vale relembrar que o Tribunal de Barcelona decidiu que o brasileiro deve cumprir prisão por quatro anos e seis meses após ser considerado culpado em caso de estupro. Apesar disso, o órgão de justiça espanhol programou uma sessão judicial para decidir se o ex-jogador pode ou não ser liberado. Isso porque a defesa do ex-jogador pediu a soltura dele até que a punição pelo crime seja confirmada.

A reunião no Tribunal de Barcelona está agendada para ocorrer nesta terça-feira (19), às 9h do horário local (5h de Brasília). A informação é da agência 'EFE' após apuração junto a fontes jurídicas. Daniel Alves recebeu a condenação de quatro anos e meio de prisão após ser considerado culpado por estupro de uma jovem. O episódio, aliás, ocorreu no banheiro da discoteca Sutton, em Barcelona, na noite de 30 de dezembro de 2022.

A propósito, o órgão judicial de Barcelona estabeleceu ao ex-jogador como sanção a liberdade vigiada por cinco anos depois que ele deixar a prisão. Assim como o pagamento de 150 mil euros de indenização. Além do impedimento de tentar qualquer contato ou aproximação com a vítima por nove anos e meio.

Mais detalhes do caso de Daniel Alves

Além de pedir a liberdade provisória do brasileiro, a sua advogada, Inés Guardiola, entregou um recurso que contesta a condenação. Isso porque ela questiona a circunstância atenuante alegando reparação de danos.

A defesa do ex-jogador reitera no recurso que essa questão financeira deverá haver debate posteriormente. A advogada alega que Daniel Alves pediu que os 150 mil euros da fiança fossem entregues à vítima em duas oportunidades. Contudo, a jovem descartou a indenização.

Por isso, a defesa do ex-atleta pede a reavaliação da circunstância atenuante como qualificada e não somente simples, como classificou o tribunal. Em contrapartida, o Ministério Público espanhol também entrou com recurso. No pedido, a instituição governamental solicita a exclusão da circunstância atenuante da reparação do dano.

Afinal, o Ministério Público entende que tal condição não se adequa ao caso de Daniel Alves. A instituição argumenta que o ex-jogador não teve qualquer tipo de esforço reparatório e ainda pede o aumento da pena do brasileiro.

O órgão do governo espanhol entende que a quantia para indenização se encaixa na condição financeira de Daniel Alves. Afinal, ele pagou os mesmos 150 mil euros quando a juíza de instrução estabeleceu esse valor como fiança. Isso quando em um primeiro momento o ex-jogador recebeu a notificação do processo por estupro. No caso, sem sequer assumir responsabilidade pelos atos ou pedir desculpas.

Siga o Jogada10 nas redes sociais: TwitterInstagram e Facebook

Jogada10
Compartilhar
Publicidade
Publicidade