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Campeonato Espanhol

Rosell, Bartomeu e Barça irão a julgamento por "caso Neymar"

13 mai 2015 - 12h26
(atualizado às 13h16)
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A Justiça espanhola denunciou Josep Maria Bartomeu, presidente do Barcelona, seu antecessor, Sandro Rosell, e o próprio clube, como pessoa jurídica, por três crimes fiscais na contratação de Neymar, encerrando as audiências de instrução e abrindo o julgamento oral.

Nesta quarta-feira, o juiz José de la Mata ditou os autos do processo, que leva ao banco dos réus os responsáveis pela transferência, em que se estima fraude à Fazenda espanhola de 13 milhões de euros (R$ 44,3 milhões, em valores atuais).

Sandro Rosell pode pegar mais de sete anos de cadeia por fraudes na contratação de Neymar
Sandro Rosell pode pegar mais de sete anos de cadeia por fraudes na contratação de Neymar
Foto: AFP

O juiz explica em seu auto que nem a Promotoria, nem o advogado do Estado solicitaram em seus escritos de acusação medida alguma para garantir as possíveis responsabilidades civis de Bartomeu e Rosell - por isso, não se faz necessário citá-las.

Quanto ao clube, De la Mata concorda com a solicitação da Advocacia do Estado, no sentido de reter a quantidade que teria sido fraudada, para assegurar o pagamento de responsabilidades pecuniárias que possam ser fixadas em sentença.

Rosell é acusado de delito contra a Fazenda Pública pelos exercícios de 2011 e 2013, assim como delito societário, enquanto Bartomeu é apontado como responsável por crimes referente ao ano fiscal de 2014. O Barcelona, por sua vez, é acusado pelos três delitos.

A promotoria já pediu sete anos e seis meses de prisão e multa de 25,1 milhões de euros (R$ 85,6 milhões) para Rosell, dois anos e três meses e multa de 3,8 milhões (R$ 12,9 milhões) para Bartomeu. Ao clube, se cobra o pagamento de mais 11,4 milhões de euros (R$ 38,9 milhões) a título de indenização por responsabilidade civil e mais multa de 22,2 milhões de euros (R$ 75,7 milhões).

Atual presidente do Barça, Josep Maria Bartomeu também teve prisão pedida pela promotoria
Atual presidente do Barça, Josep Maria Bartomeu também teve prisão pedida pela promotoria
Foto: AFP

Caso os valores a serem pagos sejam estes ao fim do processo, será descontado o que clube e Bartomeu já pagaram antecipadamente depois das primeiras denúncias e audiências.

A única diferença da pena proposta pelo promotoria e a Advocacia do Estado é que esta segunda propõe pena de prisão de seis anos e nove meses para Rosell, ao não o acusar de crime societário.

Uma vez emitido o auto de abertura de julgamento, haverá dez dias para as defesas dos réus apresentarem suas argumentações por escrito, que junto aos documentos formais da acusação serão encaminhados à quarta seção da Sala Penal da Audiência Nacional, que será responsável por fixar a data de início da audiência oral.

Nos autos ditados nesta quarta, o juiz também requer que a empresa Deloitte identifique os profissionais que fizeram as auditorias contábeis do Barcelona nas temporadas 2011/12 e 2012/13, a fim de que estes sejam citados como testemunhas.

EFE   
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