Cristóvão se despede do Flu sem entender os motivos da saída
A menos de um mês de completar um ano no comando do Fluminense, Cristóvão Borges deixa o clube. Foram 58 jogos, com 28 vitórias, 11 empates e 19 derrotas. Os números não jogaram a favor do treinador, que ficou surpreso com a decisão da diretoria na manhã desta segunda-feira. Cristóvão foi às Laranjeiras se despedir dos ex-comandados.
“Não gosto de despedida, mas vim em respeito aos atletas. Ainda vou ter um tempo para avaliar isso e a decisão é sempre para acertar. Treinador tem que decidir o tempo inteiro e não sinto esta história de responsabilidade, mas existe pouca tolerância. O primeiro da fila é sempre o treinador e é menos difícil decidir assim, o que não é uma conduta só do Fluminense”, ressaltou o treinador, que ainda não entendeu os reais motivos da sua demissão.
“Fluminense está passando por mudanças e precisa ter firmeza nas escolhas. Não vale a pena discutir isso porque é questão de escolha. Se o Fluminense decidiu assim, ele tem os seus motivos, mas acho que a pressão aumenta”, destacou Cristóvão Borges.
No fim do ano passado, com o 6º lugar no Campeonato Brasileiro, o treinador teve o contrato renovado com o Fluminense. Mesmo com tantas mudanças e saídas (Conca, Rafael Sóbis, Diguinho, Valencia, Cícero, entre outros), Cristóvão Borges renovou o contrato por mais um ano com o clube.
“Fiquei muito feliz quando renovei o contrato porque mostrava que era algo diferente. Sabia que o momento exigia motivação e muito trabalho. Para que a vida real do futebol funcionasse era necessário um ambiente favorável. Cada resultado que se tem negativo é natural que você não fique alheio a isso e sei como funciona nestes momentos, que são de grande pressão. Em algumas vezes, você consegue seguir em outros não”, avaliou o ex-treinador.