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Corinthians e São Paulo se encontram com gestões em crise e à sombra do Palmeiras

Preocupados com o futuro, rivais se enfrentam na Neo Química Arena, pela 34ª rodada do Brasileirão

20 nov 2025 - 05h41
(atualizado às 05h41)
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Corinthians e São Paulo se enfrentam nesta quinta-feira, às 19h30, na Neo Química Arena, mergulhados em diferentes tipos de problemas nos bastidores. As dificuldades, que vão de dívidas crescentes a desequilíbrios orçamentários, evidenciam falhas de gestão que se acumulam, enquanto o Palmeiras se desloca dos rivais da capital.

Ao mesmo tempo em que lidam com a crise de suas gestões há muitas temporadas, tricolores e alvinegros veem os palmeirenses brigando pelo título do Brasileirão mais uma vez e prestes a disputar uma nova final de Libertadores, dia 29, contra o Flamengo.

São Paulo e Corinthians se enfrentam pelo Brasileirão.
São Paulo e Corinthians se enfrentam pelo Brasileirão.
Foto: Felipe Rau/Estadão / Estadão

Embora ainda tenha esperança de título na temporada, por estar na semifinal da Copa do brasil, o Corinthians vive turbulências das mais diversas naturezas a cada dia. A última delas foi a exposição de falhas no controle de estoque de materiais esportivos, que permitiu o desvio de uniformes e vendas ilegais.

O clube alvinegro pode até mesmo ser alvo de uma intervenção judicial, caso um pedido do promotor de justiça criminal Cassio Roberto Conserino, que investiga gastos indevidos de dirigentes corintianos, seja acatado pela Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social.

Neste ano, o Corinthians ainda teve seu nome associado ao crime organizado, quando se descobriu que o dinheiro desviado do contrato com a antiga patrocinadora Vai de Bet foi parar na conta de uma empresa laranja ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

Tudo isso ocorre enquanto a diretoria, liderada por Osmar Stábile desde o impeachment de Augusto Melo, falha em controlar uma dívida de R$ 2,7 bilhões. Segundo balancete divulgado em outubro, o clube acumulou um déficit de R$ 103 milhões só neste ano.

Sem fluxo de caixa, o Corinthians está sob transfer ban, proibido de registrar atletas, desde agosto, por causa do não pagamento de valores referentes à compra do zagueiro Félix Torres junto ao Santos Laguna, do México.

O São Paulo não chega a viver uma crise institucional tão destrutiva quanto a corintiana, mas dá cada vez mais indícios de que pode ruir e seguir os piores exemplos do rival de Itaquera. Chegou a sofrer um transfer ban, também em agosto, em razão de uma parcela pendente a ser paga ao Cerro Porteño, do Paraguai, pela compra de Bobadilla, porém realizou o pagamento e se livrou da punição.

Em outubro, a diretoria comandada por Julio Casares atrasou o pagamento de direitos de imagem aos jogadores. A crise financeira deu o tom do ano do São Paulo. Com dívida próxima de R$ 1 bilhão no começo da temporada, o clube não gastou com contratações e enxugou o elenco. Controversas vendas de joias formadas pelo clube foram alternativas para fazer caixa.

Em relatório divulgado há um mês, é apontado que o São Paulo teve uma queda de R$ 56 milhões em seu endividamento, apesar de ter um aumento nos gastos relacionados ao futebol.

Até outubro, o endividamento total do São Paulo caiu de R$ 968 milhões, registrado em dezembro de 2024, para R$ 912 milhões. Ainda é, contudo, o maior endividamento da história do clube.

Essa queda foi impulsionada pelo endividamento bancário, que sofreu uma redução de 22% no período (R$ 259,2 milhões para R$ 202,2 milhões). O relatório também ressalta que o clube conseguiu quitar parcelamentos bancários, dívidas fiscais e pagamentos referentes a direitos federativos, que totalizavam R$ 17,2 milhões da dívida.

Uma das propostas para aumentar a arrecadação é o Fundo de Investimento em Participações (FIP) de Cotia. Na prática, o centro de formação da base são-paulina seria apartado do clube e teria um investidor externo, que dividiria também os rendimentos.

O assunto era debatido informalmente, antes de ser de fato apresentado em sessão no Conselho Deliberativo, mas a estratégia agora é aguardar o fim da temporada.

Estadão
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