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Copa Coca-Cola

Após desenhar Cruyff, Van Basten fez obras de arte com o pé

22 out 2012 - 07h22
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Quando criança, o jovem Van Basten gostava de desenhar as jogadas de seu maior ídolo, Johan Cruyff. Porém, o garotinho cresceu, estreou no futebol substituindo justamente o gênio holandês e se especializou em marcar gols que mais pareciam obras de arte, como o incrível chute de sem-pulo que balançou as redes na final da Eurocopa de 1988, contra a União Soviética.

Grande momento de Van Basten foi na Eurocopa de 1988, que ele terminou como artilheiro
Grande momento de Van Basten foi na Eurocopa de 1988, que ele terminou como artilheiro
Foto: Getty Images

Filho de jogador, desde pequeno ele foi estimulado a calçar as chuteiras. Aos 17, chegou às categorias de base do Ajax. Estreou na equipe principal em 1982, entrando no lugar de Cruyff e marcando um gol.

Seu faro de artilheiro crescia a cada jogo, e duas temporadas depois terminou o Campeonato Holandês como principal goleador, com nada menos 28 tentos em 26 jogos. Por outro lado, os adversários logo perceberam sua fragilidade. Como ele era bem alto, com 1,88m, e dono de pernas longas e frágeis, começou a sofrer lesões por conta de entradas desleais dos zagueiros.

Apesar disso, seus números continuavam impressionando. Na temporada 1985/86, marcou incríveis 37 gols e 26 jogos, sendo o maior artilheiro de toda a Europa. Para completar, anotou o gol que deu o título da Copa da Uefa para o Ajax no ano seguinte. Todos esses feitos chamaram a atenção do Milan, que o contratou junto com seu companheiro Ruud Gullit.

Logo em sua primeira temporada na Itália, levou o time de Milão à conquista do campeonato nacional após oito anos, com o atacante marcando um decisivo gol sobre o Napoli de Maradona. Seu grande momento, no entanto, seria na Eurocopa de 1988. Apesar de sempre contar com grandes equipes, a Holanda jamais havia conquistado nenhum campeonato. E Van Basten foi fundamental para mudar essa história.

Na primeira fase, anotou três gols diante da Inglaterra. Já na semifinal, contra a Alemanha, fez o gol da classificação aos 43min do segundo. E na grande final, marcou um antológico gol chutando de primeira por cima do goleiro após receber um longo lançamento. Ele terminou a competição na artilharia e ganhou a primeira das três Bolas de Ouro da sua carreira, feito somente obtido por Cruyff, Platini e Messi.

Em 1989, o craque confirmou sua fama de matador das decisões ao marcar dois dos quatro gols do Milan na conquista da Liga dos Campeões sobre o Steaua Bucaresti. Ele ainda terminou o torneio como artilheiro. No total, o jogador ganhou dois Mundiais de Clubes, três Ligas dos Campeões e quatro Campeonatos Italianos pelo Milan, sendo eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa em 1992.

No entanto, as seguidas lesões na perna passaram a prejudicar cada vez mais suas atuações, impedindo, inclusive, sua participação na Copa de 1994. Assim, aos 31 anos, ele anunciou sua aposentadoria dos gramados.

Problemas como técnico

Inicialmente, o craque se recusava a seguir a carreira de treinador. Mas aos poucos foi cedendo. Primeiro, assumiu as categorias de base do Ajax. Em 2004, se tornou treinador da Holanda, com a missão de apagar o fracasso da seleção na Eurocopa daquele ano. Van Basten mostrou posições firmes com astros como Seedorf e Kluivert, e manteve van Nistelrooij no banco apesar dos apelos dos torcedores.

Mas seu prestígio caiu após a eliminação diante de Portugal na Copa de 2006. A gota d'água foi a desclassificação na Euro seguinte. Após realizar uma primeira fase com vitórias sobre França, Itália e Romênia, a equipe foi eliminada de forma surpreendente pela Rússia, e ele acabou demitido. Na sequência, assumiu o Ajax, mas acumulou resultados ruins no campeonato local e deixou o clube em 2009. Atualmente, Van Basten treina o Heereven.

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Fonte: PrimaPagina
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