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Terra na Copa

TJ nega habeas corpus a Whelan; CEO da Match segue em Bangu

16 jul 2014 - 15h53
(atualizado às 15h58)
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<p>O CEO da Match, Raymond Whelan, segue preso em Bauru</p>
O CEO da Match, Raymond Whelan, segue preso em Bauru
Foto: Tasso Marcelo / AFP

O Tribunal de Justiça do Rio negou nesta quarta-feira o pedido de habeas corpus feito na segunda-feira pela defesa de Raymond Whelan, CEO da Match Services, empresa parceira da Fifa na organização do Mundial que tinha direitos sobre a venda das entradas dos jogos do Mundial. Acusado de chefiar a máfia que comercializava ilegalmente ingressos da Copa do Mundo por preços exorbitantes, Whelan se apresentou à Justiça na segunda-feira e foi levado nesta terça-feira para a Penitenciária Bandeira Stampa, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu.

Whelan era considerado foragido desde a quinta-feira quando fugiu de seu hotel antes de ser detido por oficiais da 18ª Delegacia da Polícia Civil. As autoridades indicaram que o britânico deixou suas malas no hotel e saiu por uma porta exclusiva para empregados, como comprovaram as imagens do circuito fechado de televisão.

Detido pela primeira vez na segunda-feira, o CEO foi beneficiado um dia depois por um habeas corpus que lhe permitia responder às acusações em liberdade. Após pagar fiança e entregar seu passaporte às autoridades como compromisso que não abandonaria o País, o britânico deixou a delegacia e não tinha uma data definida para prestar um novo depoimento.

A Match Hospitality foi a empresa escolhida pela Fifa para oferecer os ingressos do Mundial em pacotes reservados por empresas e para operar as acomodações hoteleiras para os jogadores das diferentes seleções e os dirigentes da entidade.

O executivo foi identificado como chefe do grupo por um advogado detido na operação que aceitou colaborar com as investigações em troca de redução nas penas. Os membros da organização investigada estavam com ingressos que pertenciam a dirigentes de diversos países, confederações e empresas que tinham comprado pacotes. Essas entradas eram vendidas por preços muito superiores aos estabelecidos pela Fifa, como a Polícia Civil confirmou em escutas telefônicas.

Os ingressos eram administrados pelo empresário franco-argelino Mahamadou Lamine Fofana, um dos detidos na semana passada e em cujo telefone celular foram identificadas cerca de 900 de ligações e trocar de mensagens para integrantes da Match Hospitality.

Fonte: Terra
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