Paes diz que não teme protestos em Copacabana na Copa
Copacabana vai ferver durante a Copa do Mundo: Fifa Fan Fest, quartel general da Fifa, estúdios de televisões com paisagem tendo ao fundo o Morro da Urca e ainda o centro de mídia não credenciada. E, claro, os protestos devem voltar com força, principalmente diante das câmeras estrangeiras. Mas o prefeito Eduardo Paes não teme os distúrbios.
“Isso é prova de que vivemos em uma democracia. Algumas pessoas podem ir para a rua e dizerem que são contra a Copa, contra o governo. Não tenho nenhum medo quanto a isso", disse Paes, que admite que só não aceita violência. “Isso nem quem é contra a Copa aceita”, afirmou.
O prefeito afirmou que quem ainda grita contra o imperialismo internacional é “bravateiro”. “Dizer que o governo é ruim é algo absolutamente normal. O Brasil não pode ter vergonha de ter manifestação contra a Copa”, disse.
No entanto, o esquema apresentado pela prefeitura nesta sexta-feira vai dificultar ao máximo o acesso de quem não tenha ingresso ou seja credenciado ao entorno do Maracanã. A região demarcada para bloqueio em torno do estádio pretende desanimar quem pretende tentar caminhar até o estádio. Os moradores da região estão sendo credenciados para poderem circular no período do Mundial.
BRT sem data
Um dos principais meios de transporte para aproximar o público do Maracanã, o BRT Transcarioca ainda não tem data para ser inaugurado. “No início do mês de junho. Depende da agenda da presidente Dilma, já que o projeto tem dinheiro do governo federal”, disse Eduardo Paes.
A previsão da prefeitura é que dentro de seis meses cerca de 70 linhas de ônibus sejam desativadas por conta do corredor expresso. No início, durante a Copa, a prioridade vai ser o trajeto direto entre Barra da Tijuca e Aeroporto do Galeão com a estação Vicente de Carvalho do metrô.
