Apesar de ser convocado pelo técnico Luiz Felipe Scolari para amistosos do Brasil contra Honduras e Chile - ambos em novembro - Diego Costa quer mesmo é defender a seleção espanhola. Segundo o jornal Marca, o atacante do Atlético de Madrid enviou uma carta à Fifa, manifestando a vontade de vestir a camisa da Espanha.
Porém, no documento, Diego Costa não menciona uma renúncia à Seleção para evitar o risco de uma punição.
A Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) aguarda a resposta da entidade máxima do futebol e o técnico da Espanha, Vicente Del Bosque, já anunciou que Diego Costa está nos planos para a Copa do Mundo de 2014, disputada, ironicamente, no Brasil.
A novela se arrastou durante o mês de outubro. Primeiro, vem o interesse dos espanhóis, uma vez que o jogador disputou apenas 25 minutos de um amistoso pela Seleção. Depois, o próprio Diego Costa declarou que comemoraria se marcasse um gol contra o Brasil numa final de Copa do Mundo.
Felipão, então, veio a público e afirmou que "os espanhóis estavam inventando coisas". Dias depois, acabou deixando escapar a uma rádio da Espanha que Diego Costa seria convocado e jogaria o Mundial se fosse disputado hoje.
Diego Costa diz que já se decidiu entre Brasil e Espanha:
Na última sexta-feira, a CBF adiantou a convocação de cinco jogadores, entre eles, o goleador do Campeonato Espanhol. A entidade brasileira disse, no entanto, que antecipou o anúncio para que o quinteto pudesse tirar o visto de entrada no Canada e nos Estados Unidos, locais dos próximos amistosos da Seleção.
O caso de Diego Costa será analisado no Comitê de Estatuto do Jogador. O atacante foi enquadrado no artigo 8.1 do Capítulo 3 do estatuto da Fifa, indicando que "um jogador poderá exercer o direito de defender outra seleção se não atuou em um jogo internacional 'A' oficial de competição pela sua associação de origem, ou se no momento de sua primeira convocação já se encontrar em posse da nacionalidade do país cuja associação solicita a habilitação".
A história das Copas do Mundo é feita de belos gols, vitórias improváveis e conquistas memoráveis, mas nem sempre os pés acertam a bola. A violência por vezes tomou conta das partidas e proporcionou momentos negativos desde 1930. De pontapés a cotoveladas, confira a seguir algumas cenas lamentáveis dos Mundiais
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Puskas baleado Hungria e Alemanha Ocidental fizeram uma prévia da final da Copa do Mundo de 1954 durante a primeira fase do torneio. Sensação do mundo, a equipe da Europa Oriental venceu por 8 a 3, mas sofreu um duro golpe, já que Ferenc Puskas, principal jogador do time, sofreu com a marcação alemã e deixou o jogo com uma lesão no tornozelo. O craque só voltaria a jogar na final contra a própria Alemanha Ocidental, mas longe de sua melhor condição física. O resultado foi vitória germânica por 3 a 2 de virada.
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Batalha de Berna Brasil e Hungria se encontraram nas quartas de final da Copa do Mundo de 1954 e o jogo, que viu vitória europeia por 4 a 2, se transformou em pancadaria. Durante a partida no Estádio Wankdorf, em Berna, Nilton Santos e Jozsef Bozsik trocaram golpes e foram expulsos, e Humberto acertou chute em Gyula Lorant. Depois do apito final, a caminhada aos vestiários virou batalha, e Ferenc Puskas, quem nem jogou, chegou a acertar uma garrafada em Pinheiro. A selvageria envolveu até mesmo jornalistas e o técnico da Hungria, Gusztav Sebes.
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Violência no Chile A vitória do Chile sobre a Itália por 2 a 0 pela primeira fase da Copa do Mundo de 1962 ficou marcada por conta da violência entre os jogadores. O árbitro inglês Ken Aston expulsou dois italianos ainda no primeiro tempo para conter a pancadaria na partida que ficou conhecida como Batalha de Santiago. Posteriormente, o juiz contribuiria para a criação dos cartões amarelo e vermelho como forma de melhor expressar as decisões da arbitragem.
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Regicídio O Brasil chegou à Copa do Mundo de 1966 como bicampeão mundial e um dos favoritos ao título, uma vez que contava com Pelé. A equipe verde e amarela, entretanto, não foi além da primeira fase e ainda viu o camisa 10 deixar a competição lesionado. O astro, que já havia enfrentado com problemas físicos na Copa de 1962, sofreu com a marcação de Portugal na derrota por 3 a 1, que cravou a eliminação brasileira. Como ainda não havia substituições, Pelé fez número até os instantes finais.
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Expulsão inspiradora A Inglaterra conquistou a Copa do Mundo de 1966 em casa e, nas quartas de final, enfrentou a Argentina. Ainda no primeiro tempo, com o placar zerado, o meio-campista Antonio Rattin foi expulso por xingar o árbitro, mas continuou a criar problemas. O argentino se negou por um tempo a deixar o gramado, cuspiu no tapete vermelho reservado para a Rainha da Inglaterra e precisou ser retirado pela segurança do Estádio de Wembley. A situação fez com que a Fifa desenvolvesse a criação dos cartões vermelho e amarelo.
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Expulsão em Sheffield Em jogo pelas quartas de final da Copa do Mundo de 1966, o uruguaio Horacio Troche achou que era uma boa ideia acertar um soco em Uwe Seller, da Alemanha Ocidental. O árbitro não concordou e expulsou o zagueiro quando a partida estava favorável por 1 a 0 para os europeus. O resultado de 4 a 0 para os alemães deve ter feito Troche se arrepender do golpe.
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Troco do Rei Pelé conviveu com a dura marcação de seus adversários durante sua vitoriosa carreira, mas também sabia revidar. Uma prova disso aconteceu na semifinal da Copa do Mundo de 1970, contra o Uruguai, o camisa 10 acertou cotovelada no rosto de Dagoberto Fontes, lance que foi ignorado pela arbitragem. O Brasil avançaria à final para derrotar a Itália e conquistar o tricampeonato, enquanto o Uruguai ficou na quarta colocação.
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Pibe expulso O ainda jovem Diego Maradona tinha a responsabilidade de liderar a Argentina contra a histórica Seleção Brasileira de 1982 em jogo pela segunda fase da Copa do Mundo. A equipe albiceleste, entretanto, não era páreo para o Brasil, e Maradona chegou a ser expulso após pancada em Batista.
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Agressão ignorada Alemanha e Espanha faziam a semifinal da Copa do Mundo de 1982 e empatavam por 1 a 1 quando Battiston ganhou a disputa com a marcação e saiu frente a frente com o goleiro Schumacher. O arqueiro abandonou a meta e saltou contra o francês, que foi duramente atingido e caiu atordoado no gramado. Seria pênalti e provável expulsão, mas o árbitro holandês Charles Corver ignorou tudo. A Alemanha venceria a equipe de Michel Platini nos pênaltis e iria para a final contra a Itália.
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Vermelho relâmpago É de se esperar que em uma Copa do Mundo os jogadores mantenham a calma e não façam faltas exageradas. Não foi o que aconteceu com o uruguaio José Batista. Em partida pela primeira fase da Copa do Mundo de 1986 contra a Escócia comandada por Alex Ferguson, o zagueiro fez falta violenta e foi expulso com apenas 50 segundos de partida - o cartão vermelho mais rápido das histórias das Copas. Para o Uruguai, pelo menos foi possível segurar o empate sem gols e avançar às oitavas de final.
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Covardia por gol contra A Colômbia chegou aos Estados Unidos com a esperança de uma boa campanha, já que a geração contava com jogadores como Valderrama, Asprilla, Aristizábal e Rincón - até mesmo Pelé apostou na equipe sul-americana como uma das favoritas. Os colombianos, porém, não foram além da primeira fase. Depois de perder para a sensação Romênia de Hagi, era necessário derrotar os anfitriões dos Estados Unidos, mas gol contra de Andrés Escobar ajudou o time da casa a vencer por 2 a 1. A violência viria dias depois: enquanto estava do lado de fora de uma boate em Medellín, o defensor foi reconhecido por Humberto Muñoz Castro (que teria ligações com o narcotráfico). Castro iniciou discussão e encerrou a briga com seis tiros, gritando "gol" a cada disparo.
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Cotovelada no tetra O Brasil enfrentou os Estados Unidos em Stanford justo em 4 de julho, Dia de Independência americano, pelas oitavas de final da Copa do Mundo de 1994. A Seleção de Carlos Alberto Parreira não fazia boa apresentação e a situação se complicou quando Leonardo acertou cotovelada em Tab Ramos e foi expulso ainda no primeiro tempo. O Brasil, entretanto, avançaria às quartas rumo ao tetra por conta de gol de Bebeto depois de jogada de Romário.
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Arbitragem cega Adversária do Brasil na final da Copa do Mundo de 1994, a Itália superou a Espanha nas quartas de final com uma vitória por 2 a 1. Mas o resultado poderia ser bem diferente. No final da partida, o defensor Mauro Tassotti acertou cotovelada no rosto de Luis Enrique, que sofreu uma fratura no nariz e perdeu muito sangue. O lance foi na área, mas o árbitro húngaro Sandor Puhl não marcou pênalti e nem expulsou o italiano, que posteriormente receberia suspensão de oito jogos.
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Retorno da cotovelada Doze anos depois de Tassotti, outro italiano voltaria a desferir cotoveladas sangrentas. Na primeira fase da Copa do Mundo de 2006, em partida contra os Estados Unidos, Daniele de Rossi acertou o rosto de Brian McBride. Desta vez, entretanto, a arbitragem puniu corretamente o italiano, que foi expulso e só voltou a jogar na final contra a França.
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Portugal copeiro A disputa entre Portugal e Holanda nas oitavas de final da Copa de 2006 viu muito antijogo e pouco futebol. Jogadores das duas equipes trocaram pancadas e sobrou até cotovelada em Figo. Quatro foram expulsos, sendo dois de cada lado (Costinha e Deco para os lusitanos e Boulahrouz e Van Bronckhorst para os holandeses). Ao fim, a equipe de Luís Felipe Scolari avançou às quartas por conta de gol de Maniche.
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Zizou x Matrix Um dos lances mais conhecidos da história das Copas do Mundo. Na final de 2006, Zinedine Zidane se enfureceu com as provocações de Marco Materazzi e acertou uma cabeçada no peito do zagueiro. A decisão entre Itália e França foi aos pênaltis, que não contou com a presença do camisa 10 por conta de sua expulsão. Resultado: italianos tetracampeões.
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Pancadas e omissão Brasil e Costa do Marfim se enfrentaram na primeira fase da Copa do Mundo de 2010 e fizeram um jogo de muita pancadaria. O árbitro francês Stéphane Lannoy permitiu que a equipe africana distribuísse bordoadas e só resolveu ser rigoroso na hora de expulsar Kaká nos minutos finais. Quem levou a pior nisso tudo foi o meio-campista Elano, peça importante no time de Dunga, que saiu lesionado e não voltou a atuar no Mundial.
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Final com pontapé O britânico Howard Webb recebeu a honra de apitar a final da Copa do Mundo de 2010 entre Espanha e Holanda e não teve um bom desempenho. O árbitro deixou a equipe holandesa distribuir pancadas, sendo que o volante Nigel de Jong foi quem mais se destacou na violência. A única expulsão do jogo foi para Heitinga, que recebeu o cartão vermelho só na prorrogação, pouco antes do gol do título, que foi marcado por Iniesta.