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Bruno Henrique, do Flamengo, deu informações privilegiadas a apostadores, aponta PF: ‘Apostei R$ 3 mil pra ganhar R$ 12 mil’

O atacante foi indiciado pela Polícia Federal por suposta participação em esquema de fraude esportiva; defesa do atleta nega envolvimento

20 abr 2025 - 21h32
(atualizado às 21h38)
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Bruno Henrique (Flamengo) comemorando seu gol contra o Vasco, no dia 01.03.2025
Bruno Henrique (Flamengo) comemorando seu gol contra o Vasco, no dia 01.03.2025
Foto: Sipa US / Alamy Stock Photo

Bruno Henrique, do Flamengo, foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por suposta participação em esquema de fraude esportiva após supostamente forçar um cartão amarelo em um jogo contra o Santos, pelo Brasileirão de 2023, para beneficiar apostadores. Trocas de mensagens obtidas pela PF apontam que o jogador forneceu informações privilegiadas, repassadas por seu irmão a um grupo de apostadores. Os detalhes foram divulgados com exclusividade pelo Fantástico, da Rede Globo, neste domingo, 20. A defesa do jogador nega o envolvimento.

"No dia que você me deu a ideia do cartão, eu apostei R$ 3 mil pra ganhar R$ 12 mil. Só que até hoje ele não pagou. Está sob análise. O dinheiro tá todo preso lá", enviou Wander Junior, irmão de Bruno Henrique, ao jogador. Nessa conversa, que teria sido em referência ao jogo contra o Santos, Wander relatou passar por dificuldades financeiras e pediu um empréstimo ao jogador.

Em outro momento, Wander perguntou ao irmão se ele estava com dois cartões amarelos, e se poderia ser avisado quando Bruno fosse forçar o terceiro. "Contra o Santos", respondeu o atacante do Flamengo. Wander agradeceu e disse que guardaria o dinheiro do investimento.

As mensagens foram extraídas de celulares e computadores apreendidos pela polícia. Nos materiais obtidos, há também o registro de Wander relatando à sua cunhada, Ludymilla Araújo Lima, dificuldade em fazer novas apostas em sua própria conta. Eles trocaram informações pessoais como CPFs, e-mails e datas de nascimento de terceiros, Wander a encaminhou diversos boletos de casas de apostas, e pediu para que ela efetuasse os pagamentos.

Os irmãos Wander e Bruno podem responder por fraude em competição esportiva, com pena prevista de 2 a 6 anos de prisão, além de estelionato, com pena de 1 a 5 anos. A polícia investiga se era Wander quem tinha acesso a contas abertas no nome de Ludymilla. Ao todo, além do atacante, dez pessoas foram indiciadas por estelionato.

Defesa nega

Ao Terra, a defesa de Bruno Henrique negou envolvimento no caso. "O atleta Bruno Henrique é conhecido e respeitado por sua simplicidade e comprometimento com o esporte. Nunca esteve envolvido em esquemas de apostas. Pelo contrário, acredita que o negócio de apostas deveria sofrer cada vez mais restrições pelas autoridades", pontuaram.

"As distorções que estão sendo causadas pela interpretação e divulgação indevida de mensagens privadas, fora de contexto, serão esclarecidas no curso do processo. O atleta confia que o Poder Judiciário oportunamente corrigirá a injustiça que está sendo cometida", finalizou sua defesa, assinada pelo advogado Ricardo Pieri Nunes, em nota.

O que significa ser indiciado

O indiciamento ocorre quando a polícia — nesse caso, a PF — convence-se de que existem indícios suficientes para imputar um crime a alguém. A partir desse momento, a pessoa é oficialmente tratada como suspeita.

O indiciamento é formalizado pelo delegado de polícia, com base em evidências colhidas em depoimentos, laudos periciais e escutas telefônicas, entre outros instrumentos de investigação.

Quando o inquérito é concluído, a autoridade policial encaminha o documento ao Ministério Público que passa a analisar as provas do indiciado. O órgão poderá fazer a denúncia (acusação), arquivar ou pedir mais investigações. Se considerar que há provas suficientes, é apresentada uma denúncia à Justiça.

Se for o caso, assim que o Judiciário aceita a denúncia formulada pelo Ministério Público, o denunciado passa à condição de réu e começa a responder a processo judicial. Só quando houver decisão definitiva ou não existir mais possibilidade de recurso, o denunciado é considerado culpado ou inocente. No momento, o MP ainda irá decidir se oferece a denúncia e transforma os indiciados em réus.

Fonte: Redação Terra
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