Cartolas criticam ideia do Bom Senso de enxugar Estaduais para sete datas
Como fazendeiro que protege a galinha dos ovos de ouro, alguns presidentes de federações não gostaram de um dos projetos analisados pelo Bom Senso F.C.. O tema em questão é a ideia de mudança radical no formato dos Estaduais, enxugando as competições para sete datas e dando-as o formato da Copa do Mundo, com oito grupos e 32 participantes, como publicou na última segunda o jornal a Folha de S. Paulo.
"Não estou por dentro dessa proposta, mas, se for para fazer com sete datas, é melhor não fazer nada. Ninguém quer prejudicar os jogadores, mas o campeonato ficaria inviável assim", opinou o presidente da Federação Catarinense, Delfim de Pádua Peixoto, que enxerga um possível prejuízo financeiro à entidade com a redução.
Já o mineiro Paulo Schettino argumenta que o atual formato do Estadual de Minas Gerais agrada tanto a clubes quanto a jogadores. "Nosso campeonato é o mais enxuto do Brasil. Temos 15 datas. Se querem mudar, isso tem que ser debatido profundamente", disse.
O formato de Copa para os Estaduais é um dos projetos analisados pelo movimento Bom Senso. Os jogadores estudam também a chance de que esses torneios sejam esticados durante o ano todo, ocorrendo simultaneamente ao Campeonato Brasileiro, e até mesmo a extinção deles.
Na proposta da Copa Estadual, o calendário dos pequenos seria preenchido por uma fase preliminar da Copa do Brasil mais robusta, assim como o aumento das Séries C e D.
Grupo ainda à espera da CBF
Antes de intensificar ainda mais a cobrança e promover novos protestos, os membros do Bom Senso F.C. ainda mantém a esperança de que o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, que está nos Estados Unidos acompanhando a Seleção, envie um novo posicionamento sobre as reivindicações, especialmente no que diz respeito às mudanças de calendário para 2015 e a implantação do Fair Play Financeiro.