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Ancelotti defende Vini Jr. após ataques racistas: 'Nada acontece. A Liga tem um problema'

Atacante brasileiro é alvo de cantos racistas durante partida do Campeonato Espanhol

21 mai 2023 - 19h11
(atualizado às 19h48)
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Vini Jr. em conversa com o técnico Carlo Ancelotti durante partida deste domingo, 21
Vini Jr. em conversa com o técnico Carlo Ancelotti durante partida deste domingo, 21
Foto: REUTERS/Pablo Morano

O treinador do Real Madrid Carlo Ancelotti saiu em defesa do atacante Vinícius Jr. após o brasileiro ser vítima de cânticos racistas durante uma partida do Campeonato Espanhol. "Não quero falar de futebol. Vocês querem falar de futebol? Foi mais que uma derrota. Não parece? Eu sou muito calmo, mas aconteceu algo que não pode acontecer. Um estádio gritando 'macaco' a um jogador, e um treinador pensar em ter que tirá-lo por isso. Algo está muito errado nesta liga. Nada acontece", afirmou um irritado Ancelotti durante uma entrevista pós-jogo ao canal Movistar.

Na derrota contra o Valencia neste domingo, dia 21, a torcida rival xingou repetidamente o camisa 20 de 'macaco'. O brasileiro apontou para o local da arquibancada de onde vinham os insultos e o árbitro Ricardo de Burgos decidiu paralisar a partida.

"Aqui não é uma pessoa que grita 'macaco' como ocorreu em muitos estádios, aqui é um estádio que insulta um jogador por racismo. E diria o mesmo se tivéssemos ganhando de 3 a 0, a partida tem que ser parada, não há outra maneira", disse o treinador italiano.

A partida chegou a ser retomada após um aviso no sistema de som do estádio, que pedia o fim das manifestações racistas. Mais tarde, em uma confusão generalizada, Vinícius deixou o braço no rosto de Hugo Duro e foi o único jogador expulso já nos acréscimos.

"Depois, lhe dão um cartão vermelho sem sentido. Temos um problema, a Liga tem um problema." O técnico ainda confirmou que perguntou à Vinícius se o jogador brasileiro gostaria de continuar na partida após a paralisação. "Eu disse que não me parecia justo que ele saia da partida porque não é culpa dele, ele não é o culpado, ele é a vítima".

Estadão
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