Análise: Flamengo volta a se agigantar e já lembra 2019
Time vence com autoridade o Corinthians no primeiro confronto das quartas de final da Libertadores
Em mais uma grande exibição sob o comando de Dorival Jr, o Flamengo deu passo importante rumo à classificação à semifinal da Libertadores. A vitória por 2 a 0 sobre o Corinthians, na Neo Química Arena, na noite dessa terça (2), poderia ter sido mais elástica se não fosse a presença do goleiro Cássio. A superioridade dos cariocas foi flagrante – isso tem sido uma constante nos últimos jogos – e já começam a surgir comparações com o time de 2019.
Os estilos são diferentes. Jorge Jesus, o técnico da campanha vitoriosa de três anos atrás, tinha em mãos praticamente outra equipe (sobraram Felipe Luís, Arrascaeta, Gabigol e Everton Ribeiro) e apostava na intensidade de seus jogadores durante os 90 minutos. Agora, Dorival é mais cirúrgico, encurrala e pressiona o rival em doses gradativas e crescentes à espera de uma falha, como a da zaga corintiana no golaço de Arrascaeta, o primeiro do clássico.
Com Dorival, Gabigol sai mais da área, vem buscar as jogadas e Pedro fica na frente incomodando os zagueiros. Everton Ribeiro também desfruta de liberdade para se movimentar, assim como Arrascaeta, o maestro dessa nova fase do Flamengo. Some-se a isso o momento exuberante de João Gomes e Thiago Maia na proteção do meio, sem deixar saudades de Willian Arão e Andreas Pereira.
O Flamengo se projeta como favorito à disputa da final da Libertadores. Passando pelo Corinthians na terça-feira que vem (9), num Maracanã lotado e em êxtase, vai enfrentar o vencedor de Velez Sarsfield e Talleres. Nenhum dos dois tem condições de lhe fazer cócegas. O caminho para chegar a decisão do título está escancarado.
Não se pode esquecer que o time também vem com força na Copa do Brasil. Daqui a duas semanas, recebe o Athletico-PR no Rio e tem tudo para garantir vaga nessa outra semifinal. Restaria o Brasileirão, em que está a nove pontos do líder Palmeiras. Aí a situação é bem difícil. Mas não se pode duvidar da força do Rubro-Negro neste segundo semestre de 2022. A questão, neste caso, não dependeria do Flamengo em si; mas sim de saber se o Palmeiras acumularia tropeços para permitir a aproximação do rival.
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