A realidade nua e crua do returno, com Palmeiras, Galo e Flamengo na frente
Campanha do Botafogo no turno mostrava que algo no Brasileirão estava errado; Fluminense e Internacional deveriam estar no G-6
Amigas e amigos, o Palmeiras, com justiça, é o quase campeão brasileiro. Por causa do saldo de gols, tem 31, o Porco está pertinho do título brasileiro. O segundo colocado, o Galo, tem 23 de saldo, e o terceiro, o Flamengo, tem 15. São os únicos clubes com possibilidades remotas de tirar a taça das mãos do Verdão. No caso do Fla, a situação é impossível. A vitória sobre o time B do Fluminense foi magrinha, magrinha. No entanto, o 1 a 0 praticamente deu a taça ao time do mal-humorado cabeça quente Abel Ferreira.
O concorrente Flamengo não passou o trator no Cuiabá. Não conseguiu dar o troco no time da Região Centro-Oeste, que o venceu com um humilhante 3 a 0 no turno. Depois do primeiro gol de Luiz Araújo parecia que o Rolo Compressor iria amassar o adversário. Nada disso. O Fla jogou de forma esquecível na segunda etapa, o Cuiabá fez um gol e teve um pênalti claro não marcado. Deyverson, depois de ser substituído, ainda tirou uma onda com a torcida rubro-negra. Pediu desculpas de forma irônica. Deyvinho fez o gol do título do Palmeiras na final da Libertadores de 2021 em cima do Mengão. O jogo valeu pelas despedidas de Filipe Luís e Rodrigo Caio do Estádio Jornalista Mario Filho.
Outra despedida foi a de Luís Suarez. Ele sairá do Grêmio. Jogou muito contra o Vasco e fez o gol da vitória. O uruguaio briga (só não pode morder) com Paulinho, Hulk e Endrick pelo prêmio de melhor jogador do campeonato. Minha seleção do Brasileirão seria em um 4-2-4, foi o ano do 4-2-4 tricolor dinizista aliás, com Endrick, Suárez, Hulk e Paulinho.
Já o outro Soares, o Tiquinho, não chegou perto de brilhar contra o Cruzeiro no Estádio Nilton Santos. Nem lá, no tapetinho, o Botafogo vence mais. Depois de melancólico 0 a 0 com o Cruzeiro, que escapou do rebaixamento (mais do que a obrigação de um clube bicampeão da Libertadores), o não tão Glorioso assim saiu do G-4 e, agora, está há dez jogos sem saber o que é vitória. O Botafogo é a maior decepção do Brasileirão. Fez a campanha acima do que todos esperavam no turno, com 47 pontos, e foi ridículo no returno. A palavra é essa: ridículo.
O que se deve refletir é que o Botafogo com aquela vantagem de 13 pontos na liderança era algo fora da realidade e da justiça do futebol. O trabalho do Luís Castro foi sensacional. Esse português é o técnico da competição. Fluminense e Internacional mereciam colocações melhores, mas priorizaram a Libertadores. O Flu se deu bem por motivos óbvios. O Colorado não. O Bragantino no G-6 é lucro para um time apenas razoável.
Abraços boleiros.