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Atleta denuncia salários baixos e descaso no Botafogo

Problemas teriam surgido após nova gestão assumir o clube, em janeiro de 2025

29 out 2025 - 19h24
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Botafogo.
Botafogo.
Foto: Wagner Meier/Getty Images / Esporte News Mundo

Após romper com o Botafogo, Ana Sátila, atleta de canoagem slalom, revelou detalhes dos bastidores de sua passagem pelo clube e denunciou o descaso da atual gestão com os esportes olímpicos.

"Essa experiência infelizmente não foi boa e hoje eu acho que tenho até a obrigação de alertar os atletas que ainda estão ali presentes para realmente falar. O atleta tem que ser valorizado, ainda mais no nosso país e ainda mais nesse momento", disse a atleta, em entrevista ao ge.

No Botafogo desde 2023, Ana viu no clube carioca a oportunidade de mudança e recebeu apoio do então presidente Durcesio Mello, que ocupou o cargo entre 2021 e 2024. Inicialmente, a atleta soube que não teria ajuda financeira, mas o mandatário afirmou que buscaria recursos para mudar a situação.

"Não tinha investimento. Quando eu entrei, ele sentou comigo e falou: 'Eu não consigo te pagar, mas a gente quer. Então confia em mim que eu vou atrás, eu vou tentar. Você não vai ter salário, você não vai ter investimento. Se tudo der certo, uma camiseta, um uniforme'. Então, era com isso que eu entrei no Botafogo. E eu tava feliz."

Ana Sátila, canoísta brasileira
Ana Sátila, canoísta brasileira
Foto: Luiza Moraes/COB / Esporte News Mundo

DESCASO

Em janeiro de 2025, depois de vencer as eleições no final do ano passado, João Paulo Magalhães assumiu como novo presidente do Botafogo. Após a mudança de gestão, de acordo com a atleta, os problemas começaram a surgir e os esportes olímpicos foram abandonados pelo clube.

"O Durcesio precisou sair do Botafogo, entrou o novo presidente. A partir de aí, o esporte olímpico foi esquecido, ele foi deixado de lado totalmente, não só a canoagem. Até o remo, que é um esporte tradicional do Botafogo", disparou.

A canoísta denunciou que os atletas do clube recebem salários baixos, com valores que variam entre R$ 200 e R$ 500, e desproporcionais em relação às cobranças que sofrem.

"O pessoal é constantemente prejudicado, e o clube não paga um salário digno, a gente tá falando 200, 300, 500 reais para os atletas, para ter uma cobrança, sabe, absurda, algo assim passível de um uma condenação, um assédio moral, dentro do clube. Isso eu vi estando lá. Isso eu tô falando porque eu vi lá", revelou.

Durante sua passagem pelo Botafogo, Ana Sátila fez sua quarta participação em Jogos Olímpicos, em Paris 2024. Antes, a canoísta participou de Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020. A carreira dela também é marcada por cinco medalhas de ouro nos Jogos Pan-Americanos e um ouro no Mundial de Canoagem Slalom do Rio de Janeiro, em 2018.

FALTA DE INVESTIMENTO

O Botafogo informou, em comunicado de João Gualberto Teixeira de Mello, vice-presidente de remo do clube, ao ge, que não tem recursos suficientes para investir em todas as modalidades esportivas. Com a escassez, o clube decidiu investir exclusivamente em determinados esportes.

"Não podemos, é fato, querer disputar todos os esportes amadores, dada a escassez de recursos. Preferimos nos concentrar em poucos, nos quais possamos fazer boa figura", declarou.

Teixeira de Mello detalhou que modalidades como o remo olímpico, remo de praia e o basquete foram priorizadas e estão recebendo apoio do Botafogo.

Esporte News Mundo
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