WEC: Porque não perder as 6 Horas de Imola
Imola recebe a segunda etapa da temporada 2024 do FIA WEC e promete muitas emoções para o fã de automobilismo.
Após mais de um mês, o FIA WEC volta às pistas para a segunda etapa da temporada 2024. O principal campeonato mundial de Endurance chega ao Circuito Enzo e Dino Ferrari, em Ímola (Itália) para as 6 Horas de Imola. Normalmente, Monza é quem recebe o WEC. Mas por conta de uma série de obras de modernização no histórico circuito, o campeonato foi para a Emilia Romagna...
Mas Imola tem um firme histórico em relação aos protótipos. O circuito recebeu os GTs desde 1954, quando Umberto Magnoli venceu o GP de San Marino com uma Ferrari. Por um campeonato mundial, Imola recebeu as 3 Horas em 1965. Uma curiosidade é que Helmut Marko consta na lista de vencedores nos protótipos por ter vencido em 1971.
A última vitória da Ferrari nesta categoria aqui foi em 1972, com Arturo Merzário. Depois, Imola recebeu o mundial por mais 3 vezes, sendo a última em 1984, com a dupla Hans Joachin Stuck e Stefan Bellof levando os 1000 Quilômetros com um Porsche 956B.
Imola só voltou a receber uma corrida de protótipos em 2011, quando houve as 6 Horas como parte do calendário da Intercontinental Le Mans Cup (ILMC), embrião do atual WEC. Sebastian Bourdais e Anthony Davidson venceram com um Peugeot 908.
A expectativa para a prova é de que seja extremamente estratégica. Mesmo com as grandes alterações feitas ao longo dos últimos anos, a pista é estreita e não há uma área de ultrapassagem necessariamente longa (da Rivazza até a freada para a chicane da Tamburello), não é tão fácil para os carros mais rápidos abrirem caminho....
Ainda há um ponto interessante a ser considerado: a diferença de tempo dos LMGT3 para os Hypercar aqui é um pouco menor por conta das...zebras. Os GT3, por sua altura e maior cursos de suspensão, conseguem passar por cima delas. Já os Hypercars têm que contorná-las, o que os faz perder tempo...
E até aqui os pneus acabam por ter uma participação interessante. Por regulamento, não pode ter nenhum pré-aquecimento. A previsão do tempo para o final de semana é de temperatura baixa e até mesmo possibilidade de chuva durante a prova. A Michelin levará os compostos duros e médios para os Hypercars, enquanto a Good Year disponibiliza os médios para os LMGT3.
Para Imola, a grande novidade vem da Peugeot, com o 9X8 finalmente com aerofólio traseiro (falamos disso aqui). Mas também temos a Cadillac com somente dois pilotos (Alex Lynn e Earl Bamber) e Jules Gounon no lugar de Frederik Habsburg no Alpine #35 por conta do acidente sofrido pelo titular durante testes em Aragón.
Aproveitando a proximidade com a morte de 30 anos de Ayrton Senna, o autódromo tem uma série de sinais em relação ao piloto. E Nicolas Costa, brasileiro da United, correrá com um capacete especial lembrando ao utilizado por Senna, bem como seu patrocinador PRIO faz menção ao campeão.
Claro que se espera uma grande festa por conta da presença da Ferrari e da Lamborghini entre os Hypercars e os GT3. Mas também há mais um fator de atração: Valentino Rossi, que anda no BMW 46 da WRT na LMGT3.
A Porsche chega como favorita entre os Hypercars após a vitória nos 1812km do Qatar. Mas o Balanço de Performance pode deixar muita coisa em aberto. Entre os LMGT3, o lastro de sucesso já entra em ação para os três primeiros colocados do Qatar, o que pode dar chance para um bom desempenho de Augusto Farfus na BMW e Nicolas Costa na McLaren.
As 6 Horas de Imola tem largada prevista para as 8 horas de domingo e poderão ser acompanhadas através do Esporte na Band (You Tube), Grande Prêmio (You Tube), app Band Play e o Site da Band. Além disso, o canal por assinatura Band Sports disponibilizará duas janelas durante sua programação: 11:00h até 12:25h e 13:30h até 14:30h.