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Na Garagem: Earnhardt morre aos 49 anos após acidente na volta final da Daytona 500

Daytona sempre foi uma obsessão para Dale Earnhardt. E buscando a segunda vitória no histórico oval, o piloto acertou o muro na última volta, deixando de vez a Nascar e o automobilismo. Seu legado, porém, segue vivo até hoje na categoria americana

18 fev 2021 - 04h30
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O momento do acidente de Dale Earnhardt com Kem Schrader
O momento do acidente de Dale Earnhardt com Kem Schrader
Foto: LAT Images / Grande Prêmio

A tradicional Daytona 500, que abre o calendário da Nascar, sempre foi uma obsessão para Dale Earnhardt. Desde que estreou na categoria em 1975, o multicampeão buscava uma vitória no trioval, até ela chegar em 1998. Três anos depois, no entanto, a pista foi palco de sua despedida do automobilismo.

Na tarde de 18 de fevereiro de 2001, dezenas de milhares de pessoas lotaram as arquibancadas do oval em Daytona, no estado da Flórida, aproveitando-se do agradável dia na faixa dos 26ºC. Ao redor dos Estados Unidos, e também do mundo, outros espectadores acompanhavam a prova que iniciava o campeonato daquele ano.

Na pole position, saía Bill Elliott, acompanhado pelo surpreendente Stacy Compton. Os grandes nomes do grid, porém, largavam mais atrás. O heptacampeão Dale Earhnardt ficou em sétimo, o então tricampeão Jeff Gordon partia em 13º enquanto Bobby Labonte, campeão do ano anterior, era apenas o 37º no grid.

Depois de anos tentando, o veterano piloto conquistou a Daytona 500 em 1998, mas nunca repetiu a dose (Foto: Getty Images)

A corrida em Daytona foi tensa, como é de costume. Na largada, Sterling Martin assumiu a liderança, superando Elliott. Outros vários pilotos estiveram na primeira posição ao longo da prova, inclusive Earnhardt por 17 voltas. Na volta 174, um grande acidente tirou 18 competidores da etapa, inclusive Gordon, Labonte, Dale Jarrett e Tony Stewart.

Quando os carros chegaram na última volta, Michael Waltrip liderava, seguido por Dale Earnhardt Jr., Earnhardt, Sterling Martin e Ken Schrader. O quinteto brigava pela vitória lado a lado no largo circuito de Daytona quando os carros finalmente chegaram à curva 4, a última do circuito.

Martin forçou a ultrapassagem por dentro na curva e tocou na traseira do carro #3, que perdeu o controle acertou Schrader e bateu de frente no muro externo, mesmo que a força não tenha impressionado inicialmente. Enquanto isso, Waltrip se encaminhou para a vitória, seguido por Dale Jr. Foi, por coincidência, 1-2 para a equipe do heptacampeão da Nascar naquela tarde ensolarada.

Schrader saiu do carro rapidamente e começou a chamar os paramédicos para ajudarem no resgate do heptacampeão. Enquanto isso, Dale Jr. sequer comemorou e foi correndo a pé até o local do acidente enquanto a equipe de resgate abria o teto do carro para pegar Earnhardt.

O multicampeão foi levado de ambulância ao Halifax Medical Centrer. Após diversas tentativas de reanimar o piloto de 49 anos, a morte foi confirmada às 17h16 locais. De acordo com os médicos, houve fratura craniana grave e outras lesões no momento do acidente, causadas por um afrouxamento do cinto de segurança.

O legado de Dale Earnhardt segue na Nascar, especialmente com a lembrança do número 3 (Foto: AFP)

"Esse é, sem dúvida alguma, um dos anúncios mais difíceis que já fiz na minha vida. Mas após o acidente na curva 4 da volta final da Daytona 500, perdemos Dale Earnhardt", disse Mike Helton, então vice-presidente da Nascar, aos jornalistas presentes no autódromo.

As causas da morte causam, até hoje, muita polêmica entre os fãs da Nascar. A maior parte acredita que, se o cinto não tivesse afrouxado, o piloto teria sobrevivido. Entretanto, a categoria optou por mudar o tipo de equipamento usado, para o de seis pontas, como medida de segurança.

Outro ponto que chamou a atenção na época foi o capacete utilizado pelo veterano, com a frente aberta. Especulações davam conta de que, no momento do impacto, Earnhardt teria batido com a cabeça no volante. Meses depois, a Nascar exigiu mudanças na regra do equipamento e ainda obrigou o uso do Hans para proteção do pescoço. Barreiras de proteção e muros também foram aprimorados em todos os circuitos para aumentar a segurança dos competidores.

No dia 18 de fevereiro de 2001, aos 49 anos, Ralph Dale Earhnardt deixou o automobilismo. Antes disso, porém, fez história com sete títulos da Nascar, 76 vitórias, 22 poles e o nome gravado para sempre na categoria.

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