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O fator Alonso no tabuleiro do futuro da F1

Confirmado na Aston Martin, Fernando Alonso optou pela segurança no futuro. Porém, foi a escolha correta?

14 abr 2024 - 20h52
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Fernando Alonso: um homem em busca da redenção. E vitórias
Fernando Alonso: um homem em busca da redenção. E vitórias
Foto: Aston Martin F1

Uma antiga canção tem em seu refrão o dito “panela velha é que faz comida boa”. Trazendo esta afirmação para a F1, podemos enquadrar Fernando Alonso aqui. Aos 42 anos de idade, o espanhol não dá mostras de que quer largar o osso. Mas tem entregado resultados e isso que o faz sempre ser lembrado para bons postos.

O nome de Alonso aparecia em todas as especulações para 2025 principalmente após o anúncio da ida de Lewis Hamilton para a Ferrari. Para ajudar a complicar mais ainda o quadro, apareceu ainda a guerra civil interna da Red Bull, com a possibilidade de saída de Max Verstappen e a não-renovação de Sergio Perez.

A possibilidade de permanecer na Aston Martin era uma das opções na mesa. Mas a grande pergunta que todo o mundo da F1 se fazia é: como a Honda veria isso? Afinal de contas, os japoneses se juntarão ao time britânico a partir de 2026 e não sai da memória a relação conflituosa do período 2015/2017 na McLaren e as posteriores retaliações na Indy.

Diante de todo quadro, o anúncio veio: Alonso e Aston Martin seguem juntos pelo menos por mais alguns anos. O prazo certo não foi divulgado, mas é consenso de que o acordo é até 2026, pelo menos.

Os discursos foram muito bem articulados. Especialmente por parte da Honda, dizendo que quer olhar para frente, deixando o passado de lado. O próprio Alonso fez questão de dizer que não tinha nada contra a Honda e que sempre foi um admirador da cultura japonesa. Tudo certo até aqui...

Com as possibilidades que tinha, a permanência na Aston Martin não é uma escolha ruim. O time terá sua sede nova funcionando plenamente este ano, dinheiro não é problema até aqui, novos técnicos chegaram e a chegada de uma montadora com dedicação exclusiva.

Só que, da mesma forma, tantas dúvidas aparecem: será que Alonso ainda teria forças para comandar a construção de um projeto ao seu redor? A Aston Martin teria condições de fazer a transição para definitivamente ser um time de ponta? Até aqui, o time tem se caracterizado por ser mais um copiador do que exatamente um lançador de tendências.

As demais apostas eram arriscadas: ir para a Red Bull significaria bater de frente com Verstappen ou ter que assumir um posto em uma equipe totalmente montada em torno de outro piloto. A Mercedes bateria no mesmo caso, sem contar a falta de confiança na parte técnica, sabendo que 2025 seria uma transição doída, acreditando que a vinda do novo regulamento seria a redenção para ambos.

Sem contar que até quando Alonso seguirá entregando alta performance? Uma das especulações que aparecem é que poderia ser aproveitado no programa WEC/IMSA que está sendo tocado para 2025 com a introdução do Valkyrie nos dois campeonatos. Alonso já disse que quer voltar a andar de protótipos...

De certo é que as peças do quebra-cabeças F1 2025 começam a se juntar. Mas ainda teremos algumas movimentações bem ousadas. Todo caso, Alonso se consolida como um dos pilotos de maior longevidade na F1 e ao fim de seu contrato, teria 45 anos. A última vez que isso aconteceu foi com Graham Hill em 1975...  

Parabólica
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