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Guia F1 2023 – Haas sonha em manter sua curva ascendente

Depois de um bom ano de 2022 - com direito a pole - a Haas traz um piloto bastante experiente para tentar subir ainda mais de patamar

27 fev 2023 - 20h39
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Magnussen nos testes do Barein
Magnussen nos testes do Barein
Foto: Haas / Twitter

Nome oficial: MoneyGram Haas F1 Team

Carro: VF-23

Motor: Ferrari 066/10

Pilotos: #20 Kevin Magnussen e #27 Nico Hulkenberg

Posição em 2021: 8º de 10

A equipe

A Haas é uma das equipes com mais motivos para celebrar o ano de 2022. Depois de dois anos muito ruins – em especial a pífia temporada de 2021, quando zerou na tabela de pontos e sofreu com os novatos Nikita Mazepin e Mick Schumacher –, a equipe americana voltou a figurar no meio do pelotão.

O ano passado começou turbulento. Graças à guerra iniciada pela Rússia, a equipe se viu sem seu principal patrocinador e, por consequência, sem Mazepin às vésperas do início do campeonato. Mas o obstáculo acabou de mostrando uma valiosa oportunidade. Sem o russo, a Haas foi buscar de voltar Kevin Magnussen, dispensado ao fim de 2020 para dar lugar a Mazepin e sua fortuna.

O carro foi gestado por bastante tempo e mostrou ter qualidades - que talvez não pudessem ser exploradas ao máximo com a dupla “original”. Magnussen entregou algumas ótimas atuações, com direito a uma improbabilíssima pole em Interlagos, e elevou o nível da equipe. Mick Schumacher acabou superado pelo colega mais calejado e o time optou por não renovar sua permanência para 2023. Pietro Fittipaldi, reserva do time há várias temporadas, poderia ser uma das opções, mas escolha foi por trazer outro veterano de volta à F1.

Para a temporada que se inicia, a Haas se vê em situação complemente oposta àquela em que encontrava em 2021. Se antes a equipe tinha dois pilotos jovens e totalmente crus, um carro malnascido e sem evoluções e afundada uma pesada crise financeira, agora o time tem dois pilotos bastante experimentados, um carro feito sobre uma boa base e um novo patrocinador que traz algum fôlego para o caixa.

Hulkenberg e Magnussen, a experiente dupla dupla da Haas
Hulkenberg e Magnussen, a experiente dupla dupla da Haas
Foto: Haas / Twitter

A dupla de pilotos

#20 Kevin Magnussen: o dinamarquês de 30 anos vive grande fase. Depois de ser dispensado da própria Haas e dado como carta fora do baralho na F1, ele foi chamado de volta pela equipe às pressas, fez um temporada consistente e foi coroado com uma pole position no GP de São Paulo. Uma história digna de roteiros dos mais interessantes.

Em 2023, sua missão será manter o bom nível e continuar angariando pontos importantes para a Haas. Seu colega vem de uma longa inatividade como piloto titular, mas tende a entregar uma disputa mais desafiadora do que aquela oferecida por Mick Schumacher.

 #27 Nico Hulkenberg: O interminável alemão está de volta! Foram três temporadas sem vaga como titular na Fórmula 1, sendo a última pela Renault, em 2019. Mas ele nunca se afastou da categoria. Desde 2020, atuava como piloto reserva da Racing Point/Aston Martin, chegando a participar de cinco fim de semanas nesse período. Quase um Roberto Moreno da era moderna, o novo supersub.

Com a dispensa de Mick Schumacher, a Haas foi em busca de alguém experiente, que pudesse entregar resultados e uma consistência que não encontrava no jovem alemão. A escolha por Hulkenberg foi, de certa forma, surpreendente. Mas faz sentido, se levarmos em conta que a Haas trabalhou por muitos anos com uma dupla mais experiente (ainda que menos que agora), e a coisa fluiu bem melhor do que quando optou por jovens. Com Grosjean feliz na Indy, Hulk era um dos poucos pilotos com mais bagagem e ainda ativos que poderia topar a empreitada.

Aos 35 anos, ele ainda tem alguma lenha para queimar na categoria. Seu incômodo recorde de piloto com mais corridas sem nunca subir ao pódio tem tudo para aumentar, afinal, pódios ainda não estão no radar da Haas. Mas, para ele, a essa altura da carreira, o importante é estar lá entregando seu melhor, na posição que for. E o seu melhor pode ser de bastante valia para a Haas.

O VF-23 traz novidades na pintura em relação ao carro do ano passado
O VF-23 traz novidades na pintura em relação ao carro do ano passado
Foto: Haas / Twitter

O carro

O VF-23 é uma evolução do bom VF-22. Vale a lembrança de que o carro do ano passado foi um projeto iniciado com bastante antecedência, uma vez que a equipe abriu mão da temporada de 2021 para focar exclusivamente no novo regulamento. Além disso, o desenvolvimento contou com uma valiosa colaboração da Ferrari, tanto em recursos humanos quanto na utilização de sua estrutura em Maranello. As más línguas chegaram a apelidar o carro de “Ferrari branca” em dado momento do ano, quando o carro já mostrava seu valor.

Mas o apelido não pode ser replicado em 2023, já que o carro não é mais branco. Se alguém insistir na brincadeira maldosa, terá que ser “Ferrari tricolor”. O preto ganhou bastante espaço na carenagem da Haas – truque utilizado por várias equipes para economizar o peso da tinta colorida. As laterais e a tampa do motor passam a ser pretos, enquanto apenas o bico e a porção central do carro permanecem brancos. O vermelho segue em destaque nas asas.

No que diz respeito a patrocinadores, a equipe ganha um novo apoiador master. Trata-se da financeira americana MoneyGram, que passa a fazer parte do nome da equipe, agora MoneyGram Haas F1 Team. Adição importante depois da saída repentina na Uralkali na esteira da Guerra da Ucrânia. A nova marca tem destaque na asa dianteira e na tampa do motor.

Hulkenberg a bordo do VF-23
Hulkenberg a bordo do VF-23
Foto: Haas / Twitter

Expectativa para 2023

A Haas não tem motivos para reclamar da pré-temporada. Seu carro funcionou a contento e completou 415 voltas em três dias, um das que mais rodou. Em nenhum momento a equipe pareceu forçar o ritmo, de modo que não se tem noção do potencial máximo do carro, mas é possível aferir que não está entre os mais lentos.

Em 2022, a Haas começou o ano forte, com Magnussen em um excelente 5º lugar no Barein e outro bom 9º lugar na Arábia. Para 2023, é difícil imaginar que o início seja tão positivo pelo simples fato de que a Haas era uma das mais avançadas no desenvolvimento de seu carro àquela altura. Hoje, todos estão mais nivelados nesse quesito.

A Haas pode esperar ter um carro competitivo no meio do pelotão, podendo brigar por pontos com boa frequência. Com a adição de Hulkenberg, a equipe terá dois pilotos bastante vividos na acirrada briga do meio do bolo (os dois, inclusive já discutiram em outros tempos..). Ambos são plenamente capazes de coletar pontos importantes.

Manter o nível de 2022, quando foi 8ª entre os construtores, deve ser o piso da meta, mas nada impede de sonhar mais alto. A esperança é que a nova dupla possa reeditar os melhores momentos da dupla Magnussen-Grosjean. Repetir o desempenho de 2018, quando a equipe chegou ao 5º lugar no geral, talvez seja pedir demais. Melhor pensar em um passo de cada vez. O primeiro passo na reconstrução da equipe foi dado no ano passado. Agora, é ver se a curva de evolução seguirá ascendente.

Parabólica
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