F1: Veja quais os pneus e estratégias para o GP dos EUA
Calor e alta degradação definem o que pode ser o GP dos EUA em Austin, sem esquecer a possibilidade do Carro de Segurança...
Soa redundante falar que os pneus cumprirão parte importante do GP dos EUA. Entretanto dado o cenário atual, não se pode descartar esta fala. Temos alguns fatores que não podem ser ignorados...
O primeiro ponto é que Austin recebe um final de semana com uma Sprint Race. Isto acaba por reduzir o tempo de pista que as equipes tem para testar soluções e confirmar os dados obtidos no simulador para encontrar um caminho razoável.
Até o momento, o calor tem comparecido com força em Austin. Junte isso a uma pista que exige dos pneus tanto pelas mudanças de direção como pelo asfalto. Não esquecendo que, por ser uma prova com Sprint, são menos jogos de pneus (12 contra os 13 habituais: 2 compostos duros, 4 compostos médios e 6 compostos macios).
Cabe lembrar que a Pirelli decidiu ser "ousada" na escolha dos compostos: manteve os C3 e C4, porém indicou o C1 como o tipo mais duro para poder dificultar a escolha das equipes e pilotos para usar durante a prova. Nos ultimos anos, não se observou uma diferença tão grande entre os tipos de borracha, mas houve um fator que ajudou bastante: a entrada do carro de segurança.
No ano passado, este fato foi determinante para embaralhar as coisas e permitir a vitória de Charles Leclerc. Tanto que os estrategistas consideram em suas ações a entrada de um carro de segurança. Aí começa a possibilidade de vários cenários.
Em condições normais, a idéia é que se tenha uma unica só parada, com os pilotos largando com os médios e trocando para o composto mais duro, indo até o final da prova. A estimativa é que, neste cenário, uma equipe gasta cerca de 20,5 segundos para fazer o trabalho.
Entretanto, no caso da entrada de um carro de segurança, este tempo cai para algo entre 11,5 e 12 segundos. Por isso os estrategistas consideram muito esta possibilidade e estão sempre prontos a aproveitar. Até mesmo considerando o uso dos jogos mais macios, dependendo do momento da corrida.
Porém, cabe ressaltar que, pela restrição de jogos disponíveis, os pilotos sejam obrigados a usar pneus já rodados, o que pode prejudicar o desempenho. A Sprint Race do sábado não deu para trazer uma boa ideia do desgaste em condições mais semelhantes às de domingo. Porém, sabemos que a tendência é que a chance do chamado "penhasco" (queda repentina do desempenho) nestes pneus usados é bem maior.
Diante do quadro de pneus disponíveis, e pelo exposto acima, o uso da segunda possibilidade (largar de macios e depois partir dois jogos de medios) acaba por ser adequada em um caso de entrada de Carro de Segurança. Ou se ainda o composto médio apresentar um desgaste maior do que o esperado.
Mario Isola, o responsável da Pirelli, julga que seja mais adequada a primeitra possibilidade. Porém, vai depender muito de quanto calor estará fazendo na hora da prova. Façam suas apostas