F1: Hamilton x Sainz – a eterna dúvida sobre a demissão errada
Sainz brilha com a Williams, Hamilton segue em destaque; comparações existem, mas não decidem pódios, vitórias ou títulos.
Carlos Sainz alcançou hoje seu primeiro pódio com a Williams Racing. Apesar da celebração pelo feito, a eterna comparação com seu ex-companheiro na Ferrari continua. Com Lewis Hamilton assumindo o lugar de Sainz na equipe italiana em 2025, a pergunta persiste: a Ferrari demitiu o piloto errado?
Para contextualizar, é importante relembrar a trajetória de Sainz e Hamilton na Fórmula 1:
Carlos Sainz (#55)
- Primeiro GP: Austrália 2015
- Último GP: Azerbaijão 2025
- Melhor resultado: 1º
- Melhor posição no grid: 1º
- Melhor classificação no Mundial: 5º (2021, 2022, 2024)
Números da carreira:
- 222 GPs, 11 temporadas, 5 construtores
- 4 vitórias, 6 poles, 4 voltas mais rápidas
- 28 pódios, 40 abandonos
- 1.303,5 pontos, média de 5,87 pontos por GP
- 11.995 voltas, 59.959 km percorridos
- 300 voltas lideradas
Classificação no Mundial por ano:
2015: 15º | 2016: 12º | 2017: 9º | 2018: 10º | 2019: 6º | 2020: 6º | 2021: 5º | 2022: 5º | 2023: 7º | 2024: 5º | 2025: 12º
Lewis Hamilton (#44)
- Primeiro GP: Austrália 2007
- Último GP: Azerbaijão 2025
- Melhor resultado: 1º
- Melhor posição no grid: 1º
- Campeonatos mundiais: 2008, 2014–2020
Números da carreira:
- 373 GPs, 19 temporadas, 3 construtores
- 105 vitórias, 104 poles, 67 voltas mais rápidas
- 202 pódios, 6 grand slams, 19 hat-tricks
- 33 abandonos (8,85%)
- Participação no título de Construtores: Mercedes 2014–2021
Classificação no Mundial por ano:
2007: 2º | 2008: 1º | 2009: 5º | 2010: 4º | 2011: 5º | 2012: 4º | 2013: 4º | 2014–2020: 1º | 2021: 2º | 2022: 6º | 2023: 3º | 2024: 7º | 2025: 6º
Sainz e Hamilton possuem estilos de pilotagem distintos e carreiras diferentes. Sainz passou por Toro Rosso, McLaren, Ferrari e agora Williams, enquanto Hamilton teve menos trocas de equipe, mas com longa trajetória em equipes de ponta, conquistando inúmeros títulos e recordes.
A troca de equipes em 2025 foi um ponto de inflexão. Sainz deixou a Ferrari, vice-campeã de construtores no mesmo ano, enquanto Hamilton saiu da Mercedes, onde conquistou a maior parte de seus mundiais. No confronto direto de números e vitórias, Hamilton naturalmente se sobressai, mas a Fórmula 1 sempre levanta os questionamentos do tipo: “E se a Ferrari tivesse mantido Sainz? E se tivesse trocado Leclerc?”
A equipe italiana atravessa uma fase de erros estruturais, com falhas de comunicação e decisões estratégicas discutíveis. Hamilton, conhecido por seu feedback direto, sempre criticou publicamente falhas internas que poderiam impactar a equipe. Ninguém chega a uma escuderia de ponta e vence lendas como Senna ou Schumacher instantaneamente — a evolução leva tempo.
Mesmo assim, ambos continuam sendo grandes pilotos. Sainz brilhou ao levar a Williams ao pódio, enquanto Hamilton segue se destacando, como na vitória da Sprint na China. Os eternos “e se…” ficam no passado. A Fórmula 1 avança, com novas histórias e capítulos inéditos. Comparações são inevitáveis, mas não garantem pódios, títulos mundiais ou vitórias.