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Fórmula E anuncia status de organização carbono-neutro pela primeira vez

Anúncio foi feito durante Semana do Clima de Nova York. Com isso, categoria passar a ser primeira competição de corridas carbono-neutro do mundo

29 set 2020 - 05h01
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Maximilian Günther
Maximilian Günther
Foto: Fórmula E / Grande Prêmio

Mesmo em meio a um hiato de corridas que só vai terminar em janeiro de 2021, a Fórmula E conquistou importante vitória na semana passada: alcançou o selo de companhia carbono-neutra, algo que buscava desde 2014, quando foi fundada. É a primeira vez na história que um campeonato de esporte a motor consegue o feito.

A categoria anunciou que atingiu o status na semana passada durante a abertura da Semana do Clima NYC 2020. Para chegar ao nível carbono-neutro, a Fórmula E afirmou que seguiu as recomendações da UNFCCC - Convenção Estrutural da ONU sobre Mudanças Climáticas, na sigla em inglês -, baseadas em três passos: medição efetiva das liberações de carbono, priorizar a redução da área utilizada e compensação das emissões inevitáveis.

É importante explicar que ser carbono-neutro não quer dizer que a Fórmula E deixou de emitir carbono na atmosfera. Significa, sim, que houve o corte das emissões dispensáveis e a compensação das indispensáveis com outros projetos pelo mundo. Para essa parte, a da compensação, a Fórmula E passou a investir nos projetos das Nações Unidas chamado Gold Standard and Verified Carbon Standard - Padrões Ideais e Verificados de Carbono, em tradução - que estão alinhados ao Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - CDM - da UNFCCC.

A CDM trabalha realiza projetos de redução na emissão de carbonos na atmosfera e recebe, em contrapartida, créditos que comprovam a redução. Cada crédito equivale a uma tonelada de CO2 que não chega à atmosfera por conta dos trabalhos da CDM. A Fórmula E está envolvida em projetos na China, Chile, México, Argentina, Uruguai, Estados Unidos, Malásia e Marrocos, todos que fazem ou já fizeram parte do calendário da categoria.

"É um passo importante da FE pelo meio ambiente. Somos [FIA e FE] signatários da Convenção Estrutural da ONU sobre Mudanças Climáticas, e esse é um dos pilares do programa #PurposeDriven, criado pela FIA para aumentar a contribuição do esporte a motor e da mobilidade urbana para a sociedade", afirmou o presidente da FIA e enviado especial da ONU, Jean Todt.

"A Fórmula E quer melhorar o futuro por meio das nossas corridas, e estamos comprometidos a desempenhar um papel de liderança para oferecer contrapartida aos efeitos das mudanças climáticas", disse o diretor-executivo da FE, Jamie Reigle. "Medimos e reduzimos nossas emissões desde a concepção e estamos felizes por atingir um trabalho de carbono-neutro ao compensarmos as emissões restantes", seguiu.

"Temos a responsabilidade de minimizar o impacto ambiental de nosso esporte mundial e estamos felizes em ajudar com projetos ambientais fundamentais nos lugares onde corremos. Somos um esporte construído com um propósito e seguimos comprometidos a crescer com nossas práticas sustentáveis. Esperamos inspirar outros a que se juntem a nós", finalizou.

Além do status de carbono-neutro, a Fórmula E, por meio de Reigle, assinou a carta da ONU EU 2030, que visa mudanças uma economia sem a emissão de carbonos na atmosfera terrestre.

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