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Ameaçado na Justiça, Del Nero põe vice de sobreaviso na CBF

4 ago 2017 - 12h32
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Com a proximidade do julgamento a que vai ser submetido José Maria Marin nos Estados Unidos e com seu nome incluído num inquérito em poder do Supremo Tribunal Federal, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, já prepara o substituto no caso de seu afastamento do cargo. Ele quer o vice Marcus Vicente (deputado federal pelo PP-ES) em seu gabinete se tiver realmente que deixar a presidência da confederação.

Foto: Glaucon Fernandes/Agência Eleven / Gazeta Press

Dias cinzentos voltaram a fazer parte da rotina de Del Nero nas últimas semanas. A situação ficou mais tensa para o dirigente quando a Justiça da Espanha decidiu pedir a prisão de Ricardo Teixeira por desvios em competições e jogos da Seleção brasileira. Ex-presidente da CBF, Teixeira tem o mesmo método de trabalho de Del Nero, com quem sempre foi muito bem afinado.

A relação do atual presidente com Marin também era muito próxima quando o também ex-presidente da entidade foi preso na Suíça em 2015. Os dois só tomavam decisões importantes em conjunto, em nome da CBF. Marin vai ser julgado em novembro e o temor dos aliados de Del Nero é que a sentença da Justiça americana possa respingar nele.

Como se não bastasse toda essa dor de cabeça para Del Nero, ele agora se vê investigado pelo STF num inquérito repassado pela Justiça Federal ao Supremo por causa da inclusão do nome de Marcus Vicente entre os que são apontados como supostos autores de crimes financeiros. Deputado federal, Vicente tem foro especial e por isso o inquérito foi para o STF.

Na lista de investigados pelo STF constam ainda Ricardo Teixeira e José Maria Marin; outro vice da CBF, Gustavo Feijó, o diretor-jurídico da entidade, Carlos Eugênio Lopes, o ex-diretor financeiro da CBF, Antônio Osório Ribeiro Lopes da Costa, e os empresários José Hawilla e Kleber Leite – este se notabilizou como repórter esportivo de rádio e depois se tornou presidente do Flamengo.

A opção de Del Nero por Vicente se deu por exclusão. A diretoria hoje conta com quatro vices. Eram cinco. Desde a morte de Delfim Peixoto, em novembro do ano passado, ninguém o substituiu. Entre os que estão em mandato, o coronel Antônio Nunes está doente, o vice Fernando Sarney não admite assumir o cargo, atendendo assim a um pedido de seu pai, José Sarney, e Gustavo Feijó, também na mira da Justiça, não goza da confiança de Del Nero. Sobrou Marcus Vicente, que tem sido fiel ao presidente.

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