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Craque de último título do Brasil no Mundial sub-20 se vê ‘realizado’ com carreira e revela sonho

Henrique Almeida atualmente veste as cores do Amazonas na Série B do Brasileirão

26 out 2025 - 04h59
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Resumo
Henrique Almeida, destaque do Mundial Sub-20 de 2011, afirmou sentir-se realizado com sua carreira, apesar de escolhas difíceis e oportunidades perdidas; atualmente, joga pelo Amazonas na Série B e sonha em retornar ao São Paulo.
Henrique Almeida, atacante da Seleção Brasileira no Mundial Sub-20 de 2011
Henrique Almeida, atacante da Seleção Brasileira no Mundial Sub-20 de 2011
Foto: Alex Grimm - FIFA/FIFA via Getty Images

Henrique Almeida apresentou-se ao mundo como artilheiro e melhor jogador do Mundial sub-20 de 2011. Hoje, o atacante de 34 anos veste as cores do Amazonas, seu 16º clube na carreira. Embora não tenha alcançado o patamar de craques como Antoine Griezmann, Philippe Coutinho, Casemiro e James Rodríguez — que também participaram daquele torneio —, ele se sente realizado com a trajetória que construiu.

“A carreira está nos olhos de quem vê. Para mim, eu estou muito realizado. Sou muito feliz com a minha. Joguei em altíssimo nível, com excepcionais jogadores. É só questão das escolhas. Que poderia ter sido diferente, mas poderia também ter ido lá e não ser do jeito que eu imaginei”, diz o jogador em conversa com o Terra.

Henrique Almeida comemora gol com Coutinho no Mundial sub-20
Henrique Almeida comemora gol com Coutinho no Mundial sub-20
Foto: Alex Grimm - FIFA/FIFA via Getty Images

As escolhas mencionadas por Henrique envolvem, em grande parte, os contratos que assinou. Olhando para trás, o atleta nascido no Distrito Federal reconhece que deveria ter apostado em um contrato longo, de preferência fora do Brasil, o que lhe daria mais tempo e tranquilidade para trabalhar.

Por mais de uma vez, o desejo de jogar em grandes clubes europeus quase se concretizou. No Velho Continente, ele chegou a atuar por Granada (Espanha), Belenenses (Portugal) e Giresunspor (Turquia).

Em 2013, Henrique chegou a passar 40 dias no Castilla, o time B do Real Madrid. A chance de brigar por uma vaga no Santiago Bernabéu foi frustrada por problemas jurídicos de seu clube na época, o Botafogo, que estava proibido de realizar transferências.

Meses depois, o Castilla voltou a tentar a contratação. Dessa vez, contudo, o empecilho foi a diretoria do Botafogo, que desejava contar com o jogador para a disputa da Copa Libertadores de 2014 e, por isso, não o liberou.

“Minha história é meio complicada. Estive muitas vezes próximo de ir. Quase fui bastante. Tive a proposta de ir para o Real Madrid, para o Castilla. Tive a proposta do Grêmio. Quando eu fechei, apareceu a proposta do Olympique de Marseille. Então quase deu um negocinho que era do Olympique e do Benfica. Na verdade, a gente só vai saber se a sua escolha foi boa ou ruim no final. Não tem como você saber antes”, recorda.

Quando olha para o passado, Henrique também admite que deixou os holofotes das premiações na Copa do Mundo-20 subirem à cabeça: “Se eu falar que não, vou estar mentindo. O atacante tem um ego maior. Fazer gol é uma sensação que só quem faz vai entender o que eu estou falando. Querendo ou não, você é muito novo. Sai em todos os jornais, sai em tudo. Brasil campeão, você representando sua seleção. Subiu para a cabeça, só que eu tive pés no chão. Porque segui e tenho uma carreira muito bem sucedida”.

Henrique comemora gol pelo Grêmio na Libertadores de 2016
Henrique comemora gol pelo Grêmio na Libertadores de 2016
Foto: Lucas Uebel/Getty Images

Mais do que terem inflado o ego de atacante, o atual camisa 19 do Amazonas entende que os troféus no Mundial podem ter colocado um peso a mais em seu desenvolvimento dentro de campo. 

“Isso carregou um peso muito grande na minha carreira, de ter que resolver todo jogo. Diferente do Messi, que foi o melhor jogador e artilheiro, ele era o Messi. Ele resolvia todo jogo. Eu sou centroavante. Eu preciso de um meio, preciso de bola para fazer gol. Sempre fui o cara da última bola. Mas esse peso de sempre resolver, era um, dois jogos e tinha que resolver. Não resolvia. Então acabou que deu uma atrapalhada. Tem muitos anos isso. Foram escolhas erradas que eu tive. Caminhos que eu tracei errado. Precipitações de jovem, de querer jogar sempre”, admite.

Henrique com o prêmio de artilheiro do Mundial sub-20, ao lado de Alexandre Lacazette
Henrique com o prêmio de artilheiro do Mundial sub-20, ao lado de Alexandre Lacazette
Foto: lex Grimm - FIFA/FIFA via Getty Images

Entre os ‘quases’ e premiações em torneios de base, o começo da carreira de Henrique também foi marcado pela falta de paciência para esperar uma oportunidade no badalado ataque do Tricolor Paulista e um imbróglio judicial com o São Paulo. Hoje, ele reconhece que os problemas na Justiça geraram um “atrito” no Morumbis.

O passado conturbado, porém, não o impede de manter o carinho pelo clube que o revelou e ainda guardar um desejo vermelho, branco e preto no coração: “Meu sonho sempre foi jogar no São Paulo. Desde criança, meu sonho era fazer gol pelo São Paulo, no Morumbi, e poder jogar na Libertadores pelo São Paulo. Esses sonhos eu pude realizar. [Voltar ao São Paulo] é um sonho dos sonhos mesmo. Futebol nada é impossível, mas a gente sabe que é um sonho muito alto. Mas quem sabe, né?”. 

Henrique em jogo do São Paulo contra o Avaí, em 2011
Henrique em jogo do São Paulo contra o Avaí, em 2011
Foto: Heuler Andrey/LatinContent via Getty Images

Mesmo que saiba da dificuldade de voltar ao Morumbis, o centroavante acredita que ainda tem lenha para queimar no futebol brasileiro. Desde abril, ele disputa a Série B pelo Amazonas, onde soma cinco gols e uma assistência em 24 jogos.

Para a próxima temporada, Henrique já começou a receber ligações de outros clubes da segunda divisão e, claro, contato do próprio Amazonas para seguir vestindo a camisa da onça-pintada em 2026. 

Ainda com o futuro incerto, ele reconhece o momento de estruturação que a jovem equipe manauara vive. Na Série B, em sua segunda participação na competição, o Amazonas trava uma batalha contra a zona de rebaixamento.

“Na verdade, ainda não tem estrutura. A gente tem um estádio, que é o [Carlos] Zamith e tem um outro estádio que é a Colina, onde a gente faz os treinamentos. Temos uma academia fora do estádio. É uma estrutura à parte. A academia é muito boa no hotel que a gente usa. Mas é uma coisa que não tem tudo centralizado. Por isso, o time ainda patina um pouco. É um time que está em ascensão. Está se estruturando de dentro para fora e tem muita potência. Tem muitas pessoas trabalhando para que melhore”, completou.

Henrique comemora gol pelo Amazonas
Henrique comemora gol pelo Amazonas
Foto: Instagram/Amazonas/João Vitor Normando Cameli
Fonte: Portal Terra
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