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Veja os principais pontos que o Brasil negocia com os EUA para tentar escapar do tarifaço de Trump

Alckmin se reuniu no último sábado com o secretário de Comércio dos Estados Unidos; veja o que está em discussão

24 jul 2025 - 19h40
(atualizado às 19h51)
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BRASÍLIA - Os governos do Brasil e dos Estados Unidos mantiveram "conversas reservadas", nos últimos dias, e negociaram caminhos para evitar que o tarifaço de 50% sobre os produtos brasileiros, anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, entre em vigor no dia 1.º de agosto.

Foi a primeira vez que o tom do diálogo saiu do "perde-perde" para o campo do "ganha-ganha", sem nenhum tipo de implicação no campo jurídico, como definiu o vice-presidente Geraldo Alckmin ao Estadão.

Alckmin se reuniu no último sábado com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick. "Foi uma conversa longa, de aproximadamente 50 minutos. Destacamos que o presidente Lula tem orientado a negociação, sem contaminação política nem ideológica", disse Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Veja os principais pontos em negociação na mesa para um possível acordo entre o Brasil e os EUA:

Alckmin se reuniu no último sábado com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick
Alckmin se reuniu no último sábado com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão
Ampliar relação comercial

O Brasil ofereceu acenos para ampliar "significativamente" os laços comerciais entre os dois países.

Alckmin afirmou que uma das propostas apresentadas por empresários para dar "materialidade" ao objetivo de expansão dos negócios com os americanos foi dobrar a relação bilateral de comércio nos próximos cinco anos.

Os EUA são o segundo parceiro comercial para o Brasil mais exporta, atrás apenas da China. A balança comercial do País com os norte-americanos teve déficit de US$ 590 milhões no último mês e de US$ 1,67 bilhões no primeiro semestre deste ano; ou seja, a economia brasileira importa mais do que exporta para os EUA.

Assim como na lista das exportações, os EUA também ocupam o segundo lugar entre os países dos quais o Brasil mais importa, atrás somente da China.

Ampliar investimentos

Ampliar investimentos produtivos entre os dois países.

Acordo de bitributação

O governo Lula também defende um acordo de bitributação. Atualmente, dos dez produtos mais exportados pelos Estados Unidos para o Brasil, em oito a tarifa é zero.

O acordo de bitributação é um tratado internacional que tem o objetivo de evitar que o mesmo tipo de renda seja tributado duas vezes, uma em cada país. Ele estabelece mecanismos para definir em qual país determinado imposto deve ser pago e como o valor já pago em um país pode ser compensado no outro.

Minerais críticos

Outro ponto de negociação na mesa é referente aos minerais críticos brasileiros. Nesta quinta-feira,24, o encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, voltou a manifestar interesse dos EUA nos minerais críticos e estratégicos do País.

Minerais críticos são minerais considerados essenciais para setores estratégicos, como tecnologia, defesa e transição energética. Eles incluem elementos como lítio, cobalto, níquel e terras raras, fundamentais para baterias de veículos elétricos, turbinas eólicas, painéis solares e semicondutores.

Questionado sobre possíveis negociações com os EUA envolvendo minerais críticos brasileiros, Alckmin afirmou que a pauta de mineração "é muito longa e pode ser explorada e avançada".

"O setor minerário é um que nós recebemos (em reuniões). Aliás, é um outro setor que exporta para os Estados Unidos apenas 3%, mas importa em máquinas e equipamentos em mais de 20%, o que mostra, de novo, enorme superávit na balança comercial (do lado dos EUA)", disse o vice-presidente em coletiva de imprensa nesta quinta-feira.

Estadão
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