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Trinity disputará leilão de transmissão de energia para diversificar portfólio

21 mai 2024 - 13h45
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A Trinity, que atua na geração e comercialização de energia, decidiu participar do próximo leilão de transmissão do Brasil, como um primeiro passo para iniciar a diversificação de seus negócios para o segmento considerado mais seguro e estável do setor elétrico, disse a empresa nesta terça-feira.

Linhas de transmissão de energia
22/11/2023
REUTERS/Kacper Pempel/File Photo
Linhas de transmissão de energia 22/11/2023 REUTERS/Kacper Pempel/File Photo
Foto: Reuters

Segundo o CEO e fundador da Trinity, João Sanches, a ideia é ganhar experiência com o certame previsto para setembro, aproveitando que os lotes oferecidos são de porte menor se comparado aos das últimas licitações, que contrataram juntas 60 bilhões de reais em investimentos no segmento para os próximos anos.

"Estamos entrando nesse primeiro leilão, mas de maneira bem tímida, mais como aprendizado, e nos lotes menores... Os prazos são longos e os lotes, pequenos e simples de serem implantados", afirmou o executivo à Reuters.

Marcado para 27 de setembro, o segundo leilão de transmissão deste ano oferecerá ao mercado quatro lotes -- um deles subdividido em dois sublotes --, que deverão exigir ao todo 3,76 bilhões em reais em investimentos para implantação e manutenção de linhas e subestações pelo país.

Estão na mira da Trinity os lotes 2 e 3, que prevê a construção de instalações de transmissão nos Estados do Rio Grande do Sul e de São Paulo.

"Trouxemos uma empresa especializada para nos acompanhar, fazer todas as análises necessárias e de cadastramento... Estamos fazendo os pré-acordos de fornecimento de equipamentos, de empreiteiros e tudo o mais, mas não vamos nos associar a ninguém para entrar no leilão."

Se for bem sucedida em leilão, a Trinity tem um plano de investir até 500 milhões de reais nos próximos cinco anos no segmento.

Ainda segundo o CEO da Trinity, a ideia é construir uma carteira de ativos para o longo prazo, disse ele, ponderando porém que a companhia ainda precisa ganhar familiariedade com a operação desse tipo de ativo.

A companhia chegou também a avaliar a aquisição de projetos de transmissão "brownfields", já prontos, mas não encontrou alternativas interessantes. "Não temos o ímpeto de buscar brownfields, preferimos greenfields", pontuou o executivo.

Em operação desde 2012, a Trinity cresceu como uma comercializadora e gestora de energia para grandes e médios consumidores, e passou nos últimos anos a atender também os pequenos consumidores por meio de um braço "varejista".

Um primeiro passo de diversificação foi dado pela empresa na geração distribuída de energia solar. Em abril, a Trinity anunciou a venda para a IVI Energia, da canadense Brookfield, de ativos solares fotovoltaicos com mais de 110 megawatts-pico (MWp).

No futuro, a empresa também avalia construir grandes usinas de geração renovável, das fontes solar ou eólica, mas o CEO entende que o momento agora não é favorável para novos empreendimentos do tipo.

"O preço dos PPAs (contratos de compra e venda de energia) ainda não traz uma rentabilidade que nos atrai... No momento em que ficar atrativo, nossa intenção é também construir usinas de geração centralizada."

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