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Senado discute sugestões de alterações à reforma da Previdência de Estados e municípios

Ampliar as novas regras aos servidores estaduais e municipais pode render uma economia de R$ 350 bilhões em dez anos aos governos regionais

19 nov 2019 - 19h05
(atualizado em 20/11/2019 às 11h26)
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BRASÍLIA - O plenário do Senado discute, nesta terça, 19, quatro tentativas de alteração no texto da chamada PEC paralela. O texto-base da proposta, que permite a inclusão de Estados e municípios na reforma da Previdência, foi aprovado em primeiro turno no último dia 6.

Até o momento, duas sugestões já foram rejeitadas. Encerrada a votação dos chamados destaques, a PEC paralela ainda precisa passar por uma nova votação no Senado e duas na Câmara.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), tenta votar, ainda nesta terça, a PEC em segundo turno. Não há acordo, no entanto, para essa estratégia.

A inclusão de Estados e municípios pode render uma economia de R$ 350 bilhões em dez anos.

O que é a PEC paralela?

A PEC foi uma estratégia do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), relator da matéria, para fazer mudanças na reforma da Previdência. Qualquer alteração na PEC principal da Previdência, já promulgada, obrigaria o texto a voltar para análise dos deputados, o que poderia atrasar a promulgação. Com isso, Tasso decidiu que mudanças no conteúdo da matéria seriam analisadas na segunda PEC.

Pelo texto-base aprovado na semana passada, a inclusão de Estados e municípios na Previdência deve ser feita por meio de uma lei ordinária de iniciativa dos poderes executivos locais. Também por meio de lei ordinária, o Estado ou município pode recuar das alterações nas aposentadorias e sair do regime. Porém, a PEC limita o prazo para essa revogação da reforma a até seis meses antes do fim do mandato do respectivo chefe do Poder Executivo.

O município estará automaticamente incluído no regime de previdência do Estado, porém, as regras podem ser revogadas por meio de lei municipal.

Destaques

Os senadores começaram a votar uma emenda do PT que garante benefício integral, com 100% da média das contribuições, para todos os casos de aposentadoria por incapacidade. De acordo com cálculos da equipe econômica, a alteração diminuiria o impacto fiscal da chamada PEC paralela em R$ 78 bilhões no período de dez anos. O destaque foi rejeitado por 41 votos a 29.

Além do PT, o PROS apresentou uma emenda excluindo a exigência de idade mínima, tempo de contribuição e de atividade prevista na reforma da Previdência no caso de trabalhadores expostos a agentes nocivos à saúde. Esses destaque foi rejeitado por 48 votos a 18.

Já a Rede propôs um destaque para mudar as regras do cálculo do benefício que já tinham sido promulgadas pelo Congresso. Os senadores aprovaram a emenda, que para começar a valer precisa do apoio dos deputados.

O PSDB, por sua vez, retirou a sugestão de alteração que garantiria abono de permanência para o servidor que já cumpriu os requisitos para se aposentar e permanece em atividade.

Estadão
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