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Safra de café do Brasil cresce 27,9% em 2020 e tem novo recorde, diz Conab

17 dez 2020 - 09h15
(atualizado às 10h33)
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A safra de café do Brasil 2020 foi estimada nesta quinta-feira em recorde de 63,08 milhões de sacas de 60 kg, o que representa um aumento de 27,9% ante a temporada passada, impulsionada pela bienalidade positiva do arábica, além de um aumento na área colhida, de acordo com relatório da Companhia Nacional de Abastecimento.

Café em plantação em São João da Boa Vista, no Brasil
REUTERS/Amanda Perobelli
Café em plantação em São João da Boa Vista, no Brasil REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

A nova previsão para o maior produtor e exportador global de café ficou acima da projeção de setembro da Conab de 61,6 milhões de sacas, superando também o recorde anterior de 2018, de acordo com os números da estatal.

"De maneira geral, as boas condições climáticas, observadas ao longo do ciclo, os efeitos fisiológicos relacionados à bienalidade positiva, o incremento na área em produção bem como a abundância e uniformidade nas floradas foram alguns dos fatores que influenciaram no aumento do volume...", disse a Conab.

O volume previsto pela Conab, contudo, ficou abaixo de estimativas do mercado, como acontece historicamente.

Nesta quinta-feira, a consultoria Safras & Mercado elevou a previsão de safra do Brasil para 69,5 milhões de sacas de 60 kg.

A Conab vê a safra de arábica de 2020 em recorde de 48,8 milhões de sacas, ante 47,3 milhões na previsão de setembro. Enquanto isso, a Safras projetou 50,1 milhões para a colheita do arábica.

Já a safra de robusta foi vista pela Conab em 14,3 milhões de sacas, ante 14,2 milhões na estimativa anterior. A consultoria apurou 19,4 milhões.

De acordo com a Conab, a safra de café arábica do Brasil fecha o ano com crescimento de 42,2% ante a temporada passada, enquanto a produção de robusta cai 4,7% versus 2019.

A área colhida de café do Brasil terminou o ano com aumento de 3,9%, para 1,88 milhão de hectares.

A Conab destacou que o maior produtor de café do Brasil segue sendo com folga Minas Gerais, com 34,65 milhões de sacas e crescimento de 41,1% no comparativo com 2019, graças principalmente ao arábica que responde por mais de 90% do café do Estado.

O Espírito Santo, em segundo lugar, produziu neste ano 13,96 milhões de sacas. Das lavouras capixabas, saíram 9,19 milhões de sacas de conilon (queda de 12,4% ante 2019) e 4,77 milhões de sacas de arábica (+58,7%).

São Paulo vem em seguida, com 6,18 milhões de sacas e aumento de 42,4%. A Bahia também obteve aumento expressivo, de 32,9%, alcançando 3,99 milhões de sacas. Rondônia produziu 2,44 milhões de sacas, crescimento de 11,2%.

EXPORTAÇÃO

Os grandes volumes produzidos estão encontrando mercado no exterior, apontou a Conab, lembrando que em novembro as exportações brasileiras de café foram recordes.

"O aumento foi de 32% sobre o mesmo mês de 2019, com o embarque de 4,3 milhões de sacas (60 kg), considerando-se a somatória de café verde, solúvel e torrado/moído", disse a estatal, em comunicado.

De julho a novembro, foram 19,8 milhões de sacas, o que representa aumento de 15% sobre 2019.

"Com o dólar valorizado, o café brasileiro se tornou ainda mais competitivo no mercado internacional e as vendas antecipadas ganharam ritmo", ressaltou.

Levantamentos da Conab indicam que, em novembro, cerca de 74% da produção da safra 2020/21 já se encontrava comercializada, enquanto que em igual período de 2019 e na média dos últimos cinco anos, essas porcentagens eram de, respectivamente, 71% e 69%.

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