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"Satisfeito", governo não quer novas mudanças na Previdência

2 out 2019 - 20h06
(atualizado às 22h22)
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O presidente Jair Bolsonaro está satisfeito com a aprovação pelo Senado do primeiro turno da reforma da Previdência, mas deseja que não ocorra novas mudanças na proposta de forma a reduzir a economia, informou o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, nesta quarta-feira.

30/09/2019
REUTERS/Adriano Machado
30/09/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

"O governo, no momento, está satisfeito com a aprovação da proposta em primeiro turno no Senado. Porém, espera que não ocorra qualquer outra alteração que acarrete ainda mais redução da economia nos próximos anos", disse ele em briefing no Palácio do Planalto.

Na véspera, o Executivo sofreu um revés inesperado, após senadores votarem pela manutenção das atuais regras do abono salarial, que contemplam trabalhadores formais que ganham até dois salários mínimos. Com isso, a economia com a reforma da Previdência cairá em cerca de 76 bilhões de reais em 10 anos - estimativa preliminar do Ministério da Economia aponta para uma redução para 800,3 bilhões de reais no período.

Nesta quarta, a equipe econômica calibrava os termos do pacto federativo que irá propor ao Congresso após a derrota sofrida sobre a votação do abono salarial na reforma da Previdência, afirmaram duas fontes com conhecimento do assunto à Reuters. Esse é um dos principais pontos de queixa dos senadores, que até ameaçam não votar o segundo turno da reforma.

O porta-voz disse que, no momento, não há concretamente nada em relação ao pacto federativo no Palácio do Planalto. Mas acrescentou que o Ministério da Economia vem se debruçando sobre estudos para serem apresentados ao presidente referente ao pacto federativo que inclui, dentre outros assuntos, a questão da distribuição de recursos da cessão onerosa do pré-sal.

Rêgo Barros disse ainda que o presidente não tem a intenção de substituir o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), após a derrota do governo na votação do primeiro turno da reforma da Previdência naquela Casa Legislativa. Bezerra foi um dos alvos de recente operação da Polícia Federal.

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