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Real Digital: saiba mais sobre a 'criptomoeda' brasileira

Possibilidade de transformar o dinheiro brasileiro em Real Digital começará a ser viabilizado em 2022. Leia e confira mais informações!

2 dez 2021 - 10h03
(atualizado às 10h33)
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Se o projeto se mostrar viável, futuramente teremos uma moeda digital lastreada no Real
Se o projeto se mostrar viável, futuramente teremos uma moeda digital lastreada no Real
Foto: Shutterstock / Finanças e Empreendedorismo

Em maio deste ano, o Banco Central já estudava a possibilidade de criação de uma moeda digital brasileira que levaria o nome de Real Digital. E, pelo que parece, o projeto terá testes de viabilidade e uma possível continuidade.

Na última terça-feira (30), o BC e a Federação Nacional das Associações de Servidores do Banco Central (Fenasbac) anunciaram o lançamento de uma edição especial do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT) para criação desse token tipicamente brasileiro.

Apelidado de "criptomoeda", o Real Digital na realidade não possui muita afinidade com os já conhecidos Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH), mas compartilha de várias tecnologias como a própria existência de um blockchain.

Afinal de contas, o que será o Real Digital?

Como mencionado anteriormente, o Real Digital não será uma criptomoeda, mas sim uma CBDC. Essa é uma sigla que possui origem na língua inglesa, mas que significa Moeda Digital Emitida por Banco Central.

E uma das principais diferenças entre esses dois modelos de dinheiro digital é que nas criptomoedas, predomina o modelo DeFi (Decentralized Finance), ou seja, finanças descentralizadas. Criptomoedas não possuem uma instituição por trás que autorregula esse dinheiro, mas sim a Lei de Oferta e Procura.

Já o Real Digital possui a proposta de ser um moeda digital emitida por banco central. Isso significa que ela terá uma instituição financeira por trás, e neste caso, a maior autoridade financeira do país, o Banco Central do Brasil.

Por isso, como o nome já diz, o Real Digital seria uma versão totalmente digitalizada da nossa moeda local, o Real. Essa novidade é tida como uma grande revolução na economia brasileira, já que seria possível colocar um "novo" dinheiro em circulação.

Uma outra diferença importante entre o Real Digital versus criptomoedas é que os tokens são em sua realidade ativos financeiros. Já o Real Digital será apenas uma versão virtual do papel moeda em circulação. Em outras palavras, o Real Digital será um dinheiro tradicional porque é lastreado no Real, só que com funcionamento virtual.

Vale lembrar que a criação e existência de um Real Digital não anulará a existência do papel moeda no Brasil, tudo bem? Essa seria mais uma inovação para a população que é cada vez mais adepta do uso de tecnologia para pagamentos, vide o Pix.

De acordo com o relatório gerado pelo The Global Payments Report, em 2020, apenas 35% das operações financeiras feitas no Brasil foram realizadas com cédulas. 

Apesar de novo, vários outros países já estão na corrida para a viabilização e implementação de CBDCs. Entre eles, temos os países como os Estados Unidos, a Coréia do Sul, a Rússia, a China e a Suécia.

Quando o Real Digital entrará em vigor?

O anúncio do dia 30 de novembro para o Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT) era para que empresas e pessoas jurídicas possam conceber o que chamam de Produto Minimamente Viável (MVP). 

A ideia é de que esse laboratório comece em janeiro com a intenção de elaborar e desenvolver o Real Digital. Mas este não é um processo fácil. Em maio, quando já haviam especulações sobre esse projeto, foi dito pelo BC que o prazo para o CBDC era de, no mínimo, dois anos. 

No entanto, a expectativa é que, se viável, o Real Digital seja um dos pontapés necessários para a implementação da "Internet das Coisas" (IoT) no mercado financeiro.

Assim, seria possível que tarefas importantes do dia a dia como passar as compras sozinhas no caixa de supermercado fosse possível. Por fim, o jeito é aguardar por mais novidades sobre esse projeto do Banco Central!

Com informações de TecnoMundo.

Finanças e Empreendedorismo
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