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Preso na Lava Jato, Esteves diz que sempre liga para Guedes

O banqueiro foi afastado do comando do BTG Pactual em 2015, sob suspeita de tentar obstruir as investigações da operação

20 out 2020 - 13h27
(atualizado às 13h37)
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, foi rápido ao tentar desfazer uma saia justa em evento internacional na manhã desta terça-feira, 20. Em debate organizado pelo Milken Institute, o sócio do BTG Pactual, André Esteves, comentou que "sempre liga" para o ministro para conversar sobre as reações do mercado, mas Guedes imediatamente negou que tenha conversas frequentes com o banqueiro.

André Esteves durante entrevista em São Paulo em 2015
22/07/2014 REUTERS/Nacho Doce
André Esteves durante entrevista em São Paulo em 2015 22/07/2014 REUTERS/Nacho Doce
Foto: Reuters

"Desde que entrei no governo nos falamos no máximo quatro vezes e sempre foram conversas em tom público. É preciso dizer isso, porque no Brasil há um histórico de conversas não republicanas e casos de autoridades que passaram informações privilegiadas a pessoas do mercado. Não é o nosso caso. As poucas conversas que tivemos poderiam ter sido gravadas e divulgadas sem nenhum problema", afirmou.

Guedes foi um dos fundadores do BTG Pactual, em 1983, ao lado dos economistas Luiz Cezar Fernandes e André Jacurski. O ministro participou nesta terça de evento organizado pelo Milken Institute, que não constava da agenda oficial nem havia sido informado pela assessoria da pasta.

André Esteves foi afastado do bloco de controle do banco em 2015, quando ficou preso em Bangu por 23 dias, sob suspeita de tentar obstruir as investigações da Lava Jato. Em dezembro de 2018, depois de ser absolvido, a pedido do próprio Ministério Público Federal, por falta de provas, o bilionário voltou à condição de controlador do BTG.

Estadão
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