Presidentes da Câmara e do Senado desistem de participar de conciliação sobre IOF no Supremo
Hugo Motta e Davi Alcolumbre decidiram, de última hora, mandar representantes na reunião marcada para a tarde desta terça-feira
BRASÍLIA - Os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), decidiram não comparecer à audiência de conciliação a respeito do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
O encontro havia sido convocado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para a tarde desta terça-feira, 15. Segundo apurou o Estadão/Broadcast Político, ambos serão representados na reunião por advogados.
Motta designou o advogado da Câmara, Jules Michelet Pereira Queiroz e Silva. Alcolumbre será representado pela advogada-geral do Senado, Gabrielle Tatith Pereira.
Na semana passada, o presidente do Senado havia dito que participaria da reunião. "Tem que ir", falou na época.
Motta não deu informações sobre o motivo para não comparecer à audiência. Ao convocar a reunião, o STF intimou as presidências da República, do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, a Procuradoria-Geral da República (PGR), a Advocacia-Geral da União (AGU) e as partes autoras das ações.
Cerca de uma hora antes da audiência sobre o IOF, às 13h40, Hugo Motta recebeu em seu gabinete o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Os dois conversaram por aproximadamente dez minutos.
Questionado pelo Estadão/Broadcast Político na entrada e na saída sobre o motivo da reunião, Galípolo não quis responder. O encontro não constava nas agendas oficiais de ambos.
O encontro será mediado pelo Supremo Tribunal Federal e deve contar com representantes do Congresso e do Poder Executivo.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou a intimação, para participação na audiência, das presidências da República, do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, assim como da Procuradoria-Geral da República, a Advocacia-Geral da União e das demais partes da ação.
A conversa é uma tentativa de solucionar a disputa travada entre o Congresso e o governo sobre o decreto que aumentou o IOF.