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"Prêmio de escassez" do Brent avança para máxima desde 2013 com forte alta do petróleo

15 out 2021 - 16h26
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A estrutura dos contratos futuros do petróleo Brent está mostrando um "prêmio de escassez" que se ampliou à máxima desde 2013 nesta semana, um sinal do mercado apertado sustentando a recuperação do petróleo em meio a uma crise energética mais ampla, à medida que as economias se recuperam da pandemia da Covid-19.

Bomba de petróleo em Midland, no Texas, EUA. 
22/08/2018 
REUTERS/Nick Oxford
Bomba de petróleo em Midland, no Texas, EUA. 22/08/2018 REUTERS/Nick Oxford
Foto: Reuters

O prêmio do contrato imediato do petróleo Brent para o preço de dezembro de 2022 ficou em 8,13 dólares o barril nesta sexta-feira, após atingir 8,30 dólares na segunda-feira. O valor da segunda-feira foi a máxima desde 2013, segundo dados da Refinitiv Eikon.

Um dos principais fatores que sustentam os preços tem sido a relutância da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, conhecida como Opep+, em facilitar as liberações de oferta mais rapidamente, diante de cortes feitos durante a pior fase da pandemia.

Carsten Fritsch, analista do Commerzbank, disse que o aumento nos preços ocorreu devido a um mercado apertado, conforme indicado pela curva de 12 meses e o prêmio pelo qual o contrato futuro do primeiro mês está sendo negociado em relação ao segundo.

"Prêmios tão altos para entregas de petróleo de curto prazo apontam para um estreitamento agudo de oferta, causado por uma demanda robusta e oferta limitada", disse ele.

"Enquanto a Opep+ parecer pouco disposta a se opor a isso, expandindo sua produção de petróleo em maior medida, é improvável que isso mude e os preços do petróleo provavelmente continuarão subindo."

A cotação do Brent subiu mais de 60% este ano e atingiu 85 dólares pela primeira vez desde 2018 nesta sexta-feira. Além da restrição Opep+, os preços recordes do gás na Europa, que estimularam uma mudança da demanda para o petróleo para geração de energia, também impulsionaram a forte alta.

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